Sesc traz obras selecionadas da 31ª Bienal a Rio Preto

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O Sesc Rio Preto é a segunda das unidades do Sesc a receber, em 2015, a mostra Como (…) coisas que não existem – Obras selecionadas, uma curadoria de Charles Esche, Galit Eilat, Nuria Enguita Mayo, Pablo Lafuente e Oren Sagiv. Com abertura marcada para 17 de junho, às 20h, na Área de Convivência, a exposição, que recebe o apelido de Como transpor coisas que não existem, reúne nove projetos participantes da 31ª Bienal de São Paulo.

A tarefa da arte de permitir desmontar as barreiras sociais que determinam acessos e códigos é uma das discussões propostas para esta exposição, conforme explica o curador Pablo Lafuente: “No filme de Halil Altindere, realizado em Istambul, um grupo de músicos ativistas adolescentes luta contra essas barreiras com as armas de uma cultura popular que aparece, de formas diferentes, nos filmes de Yuri Firmeza, na ilha de Alcântara, e de Ines Doujak e John Barker, nos espaços de festas populares. O hip hop, o folclore ou o funk que dão o som a esses filmes incitam a construção de um novo tipo de relações sociais, as quais convergem, no centro da exposição, com as viagens de Juan Downey pelas Américas – jornadas transformadoras que conectam o que em principio não pode ser conectado. A reescrita de territórios geográficos em Michael Kessus Gedalyovich e Romy Pocztaruk, de territórios de gênero em Nilbar Güres, e de territórios históricos em Asger Jorn completam esse leque de propostas que respondem nossa pergunta inicial: não, tais barreiras não precisam existir do modo como existem, e por isso mesmo podem – e devem – ser superadas”. Ainda compõe a mostra o projeto É apenas o vértice do seu mundo interior, fanzine de distribuição gratuita concebido pela polonesa Agnieszka Piksa.

Como uma extensão da parceria firmada entre a Fundação Bienal de São Paulo e o Sesc São Paulo, que comissionou obras da exposição e recebeu 6 encontros abertos realizados pela equipe curatorial em 2014, as itinerâncias nas unidades do Sesc Campinas e Rio Preto procuram fortalecer o relacionamento com os públicos do interior. Em 2012, em razão da 30ª Bienal de São Paulo, as quatro unidades do Sesc localizadas em Campinas, São José do Rio Preto, Araraquara e Bauru receberam 117.495 visitantes no projeto itinerante. No ano seguinte, as seleções de obras da mostra 30 × Bienal nas unidades do Sesc Piracicaba e São José do Rio Preto atraíram 46 mil visitantes.

Sobre a 31ª Bienal de São Paulo – Obras selecionadas
O programa de exposições itinerantes da 31ª Bienal contemplará mostras em seis cidades do Brasil e uma no exterior. Diferentes recortes de obras da mostra Como (…) coisas que não existem, que em 2014 apresentou 87 projetos artísticos na capital paulista, irão viajar para São José dos Campos/SP (FAAP), Campinas/SP (SESC), Juiz de Fora/MG (Museu de Arte Murilo Mendes), Ribeirão Preto/SP (FAAP), São José do Rio Preto/SP (Sesc), Belo Horizonte/MG (Palácio das Artes e Centro de Arte Contemporânea e Fotografia) e Porto, em Portugal. Trata-se da primeira vez que o programa de itinerância da Bienal de São Paulo viaja para fora do país desde a sua criação, em 2011. Para Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, as itinerâncias “buscam expandir os intercâmbios possíveis entre a vida cultural de São Paulo e os espaços expositivos no interior e exterior, projetando as questões da 31a Bienal rumo a novos públicos e novas direções”.

31ª Bienal de São Paulo – Obras Selecionadas – São José do Rio Preto
17 de junho a 30 de agosto
Sesc Rio Preto
Av. Francisco das Chagas Oliveira, 1333 – São José do Rio Preto – SP
ter-sex: 13h30-21h30; sab-dom e feriados: 10h-18h30
fone: (17) 3216 9300
Entrada Gratuita