Foi inaugurada esta semana no Museu Olímpico em Lausanne, a exposição “Buscando Tempo”, que leva o visitante a uma viagem através do tempo no esporte, no social, na tecnologia e na arte. A exposição vai até 18 de janeiro de 2015.
Não é por acaso que o lema olímpico começa com “velocidade”. Tempo é um dos elementos essenciais para designar os vencedores e perdedores, e para estabelecer novos recordes. Tempo, em um contexto esportivo, é medido e quantificado, mas também incita entusiasmo e paixão. A passagem do tempo é inexorável, mas esta exposição pretende mostrar a criatividade artística do homem que pode levar à observação e estudo do tempo, seja na pintura, escultura, música ou cinema.
Por meio de uma cenografia inventiva de Lorenzo Greppi, o visitante descobre uma rota organizada em torno de nove setores temáticos, que claramente ilustram as mudanças e evoluções da percepção do tempo ao longo da história. Esta cenografia observa a evolução e a compreensão do tempo, a partir da noção natural e cíclica dos Jogos Olímpicos Antigos, passando pelos primeiros estágios de tempo linear e tempo de relógio, e terminando na produção de sistemas altamente especializados para medir e registrar o tempo, graças à fabricação de instrumentos de alta precisão usados atualmente.
O rico calendário de eventos faz o backup da exposição. Esses eventos incluem um encontro com o filósofo Raphael Enthoven no dia 11 de Junho; uma serie de três concertos, incluindo o Poème symphonique para 100 metrônomos por Gyorgy Ligeti no dia 29 de Junho, e três espetáculos da peça Tempus Tic Tac de Stéphane Verrune, do dia 29 até 31 de Agosto. A Omega esta organizando os Workshops do tempo liderado pelo veterano de cronometragem Peter Huerzeler, que já participou de 17 edições dos Jogos Olímpicos.
E por último, um programa educacional chamado Hora de Aprender convida jovens visitantes à descobrir a importância do tempo no esporte.
Curadora da Exposição:
Kath Woodward é professora de sociologia na Open University na Inglaterra. Já publicou diversos artigos sobre os aspectos sociais e culturais do esporte, por exemplo o Sporting Times (2012), sobre tempo e temporalidade nas Olimpíadas, Embodied Sporting Practices (2009), Sex, Power and the Games (2012), e Globalizing Boxing (2014).
Cenografia: Lorenzo Greppi
Com formação clássica como arquiteto, especialista em restauração de monumentos antigos, Lorenzo Greppi eventualmente orientou a sua carreira para pesquisa no setor de museografia e cenografia de exposição. Suas realizações incluem: o Museu de História Natural de Veneza, Museo Della Terra em Latera, o Museu da Moda e do Vestuário em Gorizia, que foi inaugurado em março de 2014.
Informações sobre a exposição em: www.olympic.org/musee