Com a disseminação do Coronavírus em todo o mundo, vivenciamos um momento de caos no sistema sanitário global, especialmente pela inexistência de proteção imunológica contra um vírus, até então desconhecido. Falta de leitos de terapia intensiva, escassez de respiradores, esgotamento dos profissionais da linha de frente, contaminação populacional em massa e restrição domiciliar resumem as principais notícias dos últimos anos.
Inúmeros esforços industriais e investimentos internacionais foram direcionados para acelerar a produçãode uma vacina que pudesse proteger a população contra os efeitos deletérios do Coronavírus, controlando sua disseminação e reduzindo seus efeitos sistêmicos. Para alívio mundial, diversos imunizantes foram desenvolvidos, a partir de tecnologias diferentes, utilizando vírus inativado, vetor viral ou RNA mensageiro.
Ao longo da pandemia e durante o início do plano de vacinação, foi reconhecido que a COVID-19 representava uma doença de caráter vascular, cuja base fisiopatológica recaia sobre a “tempestade inflamatória”, fruto da presença do vírus em nosso organismo. Na tentativa de se defender, nosso corpo iniciava um processo inflamatório agudo e intenso, que resultava na deposição de micro e macro trombos em diferentes segmentos vasculares, causando embolia pulmonar, trombose venosa profunda, trombose arterial, derrame cerebral e infarto do miocárdio.
A fragilidade dos integrantes do grupo de risco para COVID acelerava o quadro trombótico agudo, agravando o estado clínico, dificultando a recuperação e aumentando o tempo de internação em terapia intensiva. Estar acima do peso e ser portador de comorbidades como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus representavam importantes fatores agravantes da infecção pelo Coronavírus.
Com a aplicação da primeira dose da vacina, já observamos uma sutil queda na proliferação viral, fato que foi sacramentado com a complementação do esquema de imunização com a administração da segunda dose da vacina. No Brasil e em outros países, o aumento da parcela populacional vacinada com duas doses ou até mesmo dose única, de acordo com o tipo de imunizante oferecido, esvaziou as unidades de terapia intensiva, permitiu o fechamento dos hospitais de campanha, reduziu drasticamente o número de óbitos diários e controlou a proliferação viral.
Em termos circulatórios, mesmo após o esquema vacinal completo ainda podemos sofrer os efeitos do Coronavírus em nosso organismo. Postula-se que até 6 meses após a alta hospitalar, ainda é possível que ocorra alguma complicação associada ao Covid-19. Além disso, inúmeros sintomas, como dores nas pernas, formigamento nos pés, déficit de memória e queda capilar podem constituir manifestações tardias do Coronavírus.
Em decorrência da elevada incidência de trombose venosa profunda e embolia pulmonar associada ao Covid-19, a nova variante africana Ômicron acende um alerta para que mantenhamos os cuidados e a vigilância com nosso sistema imunológico e nosso sistema circulatório. Segundo Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, há uma perda de proteção das vacinas com o passar do tempo, especialmente para os mais idosos, em decorrência de lacunas relacionadas à resposta imunológica, mesmo após a vacinação.
Desta forma, o surgimento de novas variantes e a perda da proteção vacinal ao longo do tempo aumentam o risco de complicações circulatórias graves em pacientes Covid positivo. O CheckUp Vascular ainda constitui a melhor forma de prevenir as alterações vasculares decorrentes do Coronavírus e de suas variantes.
Para mais informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.