Aos 19 de julho do ano de 1894, distante cerca de 440 quilômetros da capital, na inóspita porção noroeste do Estado de São Paulo, tornava-se município o distrito de São José do Rio Preto, até então pertencente a Jaboticabal. Na primeira década de existência, eram aproximadamente 14 mil habitantes de uma vasta extensão territorial, demarcada por importantes cursos d’água: São Domingos, Turvo, Grande, Paraná e Tietê. Se fosse hoje, a área iria de Catanduva até Rubinéia e de Icém a Penápolis.
Passados exatos 129 anos, o vilarejo perdido na boca do sertão consolida-se como sede da Região Metropolitana que leva seu nome, com crescimento demográfico de 17,68% na última década e um total de 480.439 habitantes, conforme o Censo 2022. É referência estadual e nacional em setores da economia e saúde, além de oferecer intensa programação cultural, esportiva e de lazer.
Desde sempre e cada vez mais, a oferta de emprego aliada a ótimos indicadores econômicos e sociais atrai migrantes e imigrantes. São pessoas vindas de outras cidades paulistas, estados e até mesmo de outros países da América Latina e de continentes mais distantes em busca de qualidade de vida.
“Rio Preto é uma cidade feita por forasteiros. Se você chegar em um grupo de dez pessoas e perguntar onde cada um nasceu, provavelmente seis serão de fora. Sem dúvida, há muita gente natural de outras cidades da região, que vão e voltam. No Censo Imperial feito em 1872, havia pessoas do sul de Minas, Rio Grande do Sul, Piauí, Maranhão, Bahia, Sergipe, e as pessoas escravizadas que vieram da África. Em relação aos imigrantes, sempre foram importantíssimos para o desenvolvimento econômico da cidade, desde a imigração europeia nos anos 1900 até as pessoas que recebemos agora, latino-americanos, chineses, coreanos”, afirma o jornalista e historiador Lelé Arantes.
“Minha frase para São José do Rio Preto é ‘onde os sonhos acontecem’”, completa o autor de obras e conteúdos que preservam a memória da cidade.
São José de Botas
O nome da cidade homenageia o São José de Botas, padroeiro e santo protetor dos bandeirantes, e um dos cursos d’água que cortam a cidade: o Rio Preto. Em 1906, uma lei estadual reduziu para Rio Preto. Essa nomenclatura mais enxuta perdurou até 1944, quando houve uma polêmica tentativa de alteração para Iboruna, que mobilizou a classe política, as elites econômica e cultural e a população de modo geral contra a mudança.
A campanha ganhou simpatizantes de peso, como Assis Chateaubriand, poderoso chefe dos Diários Associados e com influência política. Assim, o então presidente Getúlio Vargas determina que a localidade volte a se chamar São José do Rio Preto.
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