Jardim sensorial vai além do que olhos podem ver

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A prefeitura de Rio Preto está implantando na cidade jardins sensoriais.  O objetivo é trazer uma nova vivência com a natureza. Nesses locais, a visão dá espaço a outros sentidos. Os elementos dos jardins podem ser conhecidos por meio do tato, dos aromas, dos sons e até dos sabores.

Até agora, 13 jardins sensoriais foram implantados.  Outros dois já estão em projeto. Os espaços foram instalados em escolas de ensino fundamental e instituições de caráter social. O primeiro dos jardins foi implantado justamente onde a experiência tende a ser mais transformadora: o Instituto Riopretense dos Cegos Trabalhadores.

Jardim sensorial vai além do que olhos podem ver

A assistente social da instituição, Neiva Regina Olher Rodriges, conta que a vivência tem impacto no presente e para o futuro.

“Eles ficaram muito felizes, satisfeitos em ter o contato com a natureza, mas o principal benefício do jardim sensorial para o deficiente visual é o desenvolvimento do tato. Descobrir o formato das plantas, a textura, auxilia inclusive na leitura do braile”, afirma.

Essas experiências são vividas, por exemplo pela pequena Sara da Silva Lopes, de 8 anos, que tem baixa visão e é atendida pelo Instituto.

“O jardim é legal porque tem várias coisas diferentes, plantas, pedrinha, fonte, areia, pedrinhas de argila”, conta.

Mesmo em outros locais, o contato com a natureza é vivenciado com todos os sentidos, como conta o educador de ciências sociais e meio ambiente, Paulo Alba.

“Aqui a gente tem a experiência de vendar as crianças, para que eles tenham a experiência de um deficiente visual e eles amaram porque, hoje em dia, com essa vida corrida que as crianças têm, elas não têm tempo para parar e curtir o cheiro de uma lavanda, de um manacá, de pôr a mão na terra para plantar uma planta”.

Em breve, a experiência dos jardins sensoriais estará disponível a todos. “Nós vamos inaugurar projetos desses na Represa e outro no Viveiro Municipal, abertos a toda população de Rio Preto, Nesses locais, vamos ter atividades monitoradas com um educador ambiental”, diz Leila Nasser Lopes, assistente social da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo.

A iniciativa dos jardins sensoriais surgiu como uma contrapartida de implantação trabalhos socioambientais junto à Caixa Econômica Federal, em relação às Obras Antienchente.

 

Jardins sensoriais já prontos:

Instituto Riopretense dos Cegos Trabalhadores

Cras – Lealdade e Amizade

Cras – João Paulo II

Cras – Solo Sagrado

Rancho de Luz

Casa de Eurípedes

Escola Viva Beatriz da Conceição I

Escola Viva Beatriz da Conceição II

Escolas de ensino fundamental: EM Barbar Cury, EM Cinderela, EM Professora Daisy Rolemberg Trefíglio, EM Professor Michel Pedro Sawaya e EM Pato Donald.

 

Jardins sensoriais em implantação:

Represa Municipal

Viveiro Municipal