Em 24 horas Rio Preto registrou 6 novos casos positivos para coronavírus (COVID-19). O município tem agora 64 casos positivos para a doença. Em um dia foram 326 novos casos notificados. São 2.004 notificações desde o início da pandemia, sendo que 782 foram descartadas, 102 permanecem em investigação e outras 1.056 pessoas apresentaram algum tipo de síndrome gripal.
Do universo de 1.056 pessoas com sintomas gripais em Rio Preto 54% são mulheres e 46% homens. A faixa etária com mais problemas respiratórios corresponde a 20 a 59 anos.
A boa notícia é que subiu para 29 o número de pacientes curados do coronavírus em Rio Preto. Dos 64 casos confirmados, 23 ainda permanecem dentro do período de monitoramento, 7 estão internados e três pessoas morreram. Outras 2 pessoas continuam com sintomas da doença mesmo passado o período de 14 dias.
Dos 25 óbitos notificados até o momento 3 foram confirmados, 21 descartados e um permanece em investigação.
Já das 215 pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) 179 tiveram alta do hospital e 36 estão internadas, sendo que 19 delas em UTI e 17 em enfermaria.
Segundo a gerente da vigilância epidemiológica de Rio Preto, Andreia Negri, responsável pela atualização dos números nesta quinta-feira, dia 16, problemas respiratórios mais sérios estão demandando maior tempo em UTI’s.
“Os pacientes entram na UTI e não saem em um dia, dois ou três. A estimativa do Ministério da Saúde de permanecerem de 15 a 20 dias tem se confirmado”, explica.
Flexibilização parcial
Durante a atualização dos casos de COVID-19 em Rio Preto, nesta quinta-feira, o procurador geral do município, Adilson Vedroni e o virologista da Famerp e representante do Comitê Gestor de Enfrentamento ao Coronavírus, Maurício Nogueira, deram mais explicações sobre o decreto municipal que permitiu a flexibilização parcial de atividades de baixo impacto na cidade.
O decreto assinado pelo prefeito Edinho Araújo começou a valer nesta quinta-feira, e autoriza determinados comércios, indústria e prestadores de serviço, realizaram o atendimento ao público desde que sigam critérios estabelecidos em âmbito estadual e federal, no que diz respeito ao distanciamento mínimo de 1,5 metro e adoção de medidas de higiene.
“ As atividades permitidas, indústria, prestadores de serviço e comércio, devem rigorosamente respeitar as regras de distanciamento mínimo e higiene. Serão fiscalizadas com rigor pelas equipes que o município tem para o cumprimento das regras impostas”, afirmou o procurador geral Adilson Vedroni.
O médico virologista e membro do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, Maurício Nogueira, reforçou que o isolamento social não é um objetivo em si, mas que se trata de um método para manter a curva de casos dentro do limite aceitável no sistema de saúde.
“O número de casos e o comportamento dessa curva é que vão nos levar às próximas decisões. Pode ser maior flexibilização caso os casos diminuam, ou maior isolamento, se os casos aumentarem de forma significativa”, explicou Maurício.
Mesmo com a liberação parcial do comércio, o médico disse que o acompanhamento do Comitê será ainda mais rigoroso.
“Temos que manter o número de casos dentro do que somos capazes. Esse ajuste do município vai ser monitorado muito fortemente pelo Comitê. Utilizando ferramentas científicas e de vigilância nós vamos acompanhar ainda mais os casos na cidade. Ter uma avaliação muito melhor da nossa curva de casos”, destacou.
Segundo ele a crise ainda não atingiu o seu ápice. O virologista voltou a defender o isolamento social.
“Existe sim um grande perigo a população. O isolamento social é necessário. O cidadão que não tem atividades urgentes permaneça em casa. Caso tenha atividades comerciais que foram agora flexibilizadas, utilize suas máscaras”, finalizou.