A Mostra Cênica começa em Rio Preto nesta quarta-feira, dia 8, e segue até o domingo, 12. Traz, em sua segunda edição, uma extensa programação com acesso gratuito.
São 22 apresentações, entre espetáculos, performances e cenas curtas, encenadas em sete espaços da cidade, além de sete atividades formativas.
Os ingressos para as apresentações devem ser retirados uma hora antes nos locais de apresentação. É possível acessar a programação completa pelo site: http://ciacenica.com.br/sit/mostra-cenica.
Com o tema “Resistências”, a mostra estabelece um diálogo com o momento que o País atravessa. Coloca o público em contato com os mais diversos meios de resistência que a produção teatral atual abarca. Vai da temática ou estética, meios de existência e manutenção de grupos e coletivos, até as formas de criação, produção e difusão artístico-cultural.
“Ofélia/Hamlet/Rock Machine”, da Cia. Teatro de Riscos, de Ribeirão Preto, é o espetáculo que abre a mostra. A abertura acontece no Teatro do Sesc. A peça traz à cena os conflitos sociais, políticos e culturais do Brasil. O tempo é depois das manifestações de junho de 2013. Trata-se de uma obra cênico-musical. Foi criada a partir do texto “Hamlet Machine”, de Heiner Müller, do livro “O Novo Tempo do Mundo”, de Paulo Arantes, e de músicas do Radiohead.
A catástrofre da história e da cultura ocidental apresentada nas ruínas da Europa do século 20, proposta por Müller, serve de inspiração para o grupo. Na peça, os atores se colocam desnudos e sem amarras para dar voz a discursos contemporâneos, quebrando fronteiras e pudores entre eles mesmos e compartilhando sensações com quem assiste. A encenação e o texto final são de Carlos Canhameiro. A peça tem em seu elenco André Doriana, Guilherme Casadio, Marcelo Ribeiro, Nathália Fernandes, Nayla Faria, Rafael Ravi e Thayse Guedes.
“A resistência proposta vai além da temática e da estética, é a resistência econômica, política, de classe, de poética, da própria dramaturgia e da imagem teatral. Conseguimos apresentar um rico painel do que está acontecendo com os grupos de diversas localidades e com a comunidade teatral aqui em Rio Preto”, explica Fabiano Amigucci, ator da Cia. Cênica e um dos curadores e organizadores da Mostra.
Além dele, são curadores da Mostra o ator, diretor e produtor cultural Alexandre Melinsky, de Araçatuba, e a bailarina Andrea Capelli.
Outras quatro apresentações, uma cena curta e uma performance com grupos locais e um espetáculo solo, marcam o primeiro dia da programação da Mostra no Cursinho Alternativo. “O Bebê de Ouro”, da Cia. Ai de Nós!, de Rio Preto, inaugura o espaço. Na sequência, será apresentado o monólogo “Janelas para uma Mulher”, da Cia. Trilhas da Arte, de Campinas, com a atriz Juliana Calligaris. PSICOPATA, da Cia. Palhaço Noturno Teatro, uma criação do ator e diretor Ricardo Matioli, fecha as apresentações.
O Alternativo também é palco do Bar Cultural do evento, recebendo as performances e atrações musicais. No primeiro dia do evento, quem se apresenta é o músico André Fernandes. O Bar Cultural funcionará até o sábado, dia 11, sempre a partir das 22h.
PROGRAMAÇÃO DE APRESENTAÇÕES:
Dia 8 de fevereiro, quarta-feira
Ofélia/Hamlet/Rock Machine (Cia. Teatro de Riscos – Ribeirão Preto/SP)
Dentro de um Bunker de metal, oito atores trazem para cena a desconstrução da obra shakespeariana proposta por Heiner Müller. O drama não interessa mais, o texto se perdeu. Hamlet, príncipe da Dinamarca, é também comida para vermes. O assassinato do seu pai torna-se pequeno diante da urgência de revolução que vem das ruas. Ofélia surge como a mulher feminista do século XXI, que escancara pelas portas do mundo o seu estupro, assédio, homicídio e revolta.
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 1h25
20h – Sesc Rio Preto – Teatro
Ficha Técnica:
Texto Final e Encenação: Carlos Canhameiro
Encenação: Carlos Canhameiro
Elenco: André Doriana, Guilherme Casadio, Marcelo Ribeiro, Nathália Fernandes, Nayla Faria, Rafael Ravi e Thayse Guedes
Arranjos Musicais, Preparação Vocal, Direção Musical e Música ao vivo: Maestro Sérgio Alberto de Oliveira
Cenografia: Carlos Canhameiro
Iluminação: Daniel Gonzalez
Cenotécnico e operação de luz: César Mazari
Produção: Cia. Teatro de Riscos
Apoio: Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo
O Bebê de Ouro (Cia. Ai de Nós! – São José do Rio Preto/SP)
A cena expõe as feridas, dores e sentimentos obscuros de uma mãe com seu filho recém-nascido, do qual detém a posse e poder de manipulá-lo. Em um ato de egoísmo, a mãe afasta-o do relacionamento com qualquer mulher sob o pretexto de protegê-lo. Os sentimentos são dissecados, revelando a visceralidade das relações.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 15 minutos
22h – Cursinho Alternativo – Sala 2
Ficha Técnica:
Direção e Dramaturgia: Juliana Medeiros
Assistência de Direção: Kiko Andrade
Elenco: Juliana Medeiros e Mari Bressan
Concepção e operação de luz: Luís Fernando Lopes
Cenário, Figurino, Adereços, Maquiagem e Produção: Cia. Ai de Nós!
Produção de vídeo: Estúdio Fotográfico Mari Cruz
Janelas para uma Mulher (Cia. Trilhas da Arte – Campinas/SP) ( foto capa)
Sinopse:
Uma mulher, uma atriz, seu papel como artista se questiona: qual a função da Arte e do Teatro? Para que serve o nosso ofício? Para a inutilidade do útil, para o ócio criativo? Em nosso papel, artistas que somos, cuja utilidade só pode ser percebida quando uma luz incide sobre nosso ofício, buscamos a luz que revele o poder arrebatador do Teatro e que, por consequência, o tire de si mesmo e o leve a todos, para cumprir o seu papel de fazer a sociedade se olhar e se conhecer para trilhar caminhos mais prósperos e justos através da Arte.
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 48 minutos
22h30 – Cursinho Alternativo – Sala 1
Ficha Técnica:
Dramaturgia: Juliana Calligaris
Roteiro original: Monalisa Vasconcelos
Direção e Orientação: Letícia Olivares
Elenco: Juliana Calligaris
Preparação vocal: Juliana Calligaris
Cenário, Figurinos, Iluminação e Trilha Sonora: Juliana Calligaris
Operação de Luz: Lawrence Garcia
Operação de Som: Lawrence Garcia
Produção Geral: Juliana Calligaris e Cia. Trilhas da Arte – Pesquisas Cênicas
PSICOPATA (Cia. Palhaço Noturno Teatro – São José do Rio Preto/SP)
Sinopse:
A personagem Psicopata transita em torno da discussão teatral, num discurso de leitura dramática existencial, em pequenos surtos, de um artista embevecido com a beleza, desnudando o real e a ficção explícita no jogo com a plateia.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 20 minutos
23h30 – Cursinho Alternativo – Bar
Ficha Técnica:
Texto, Direção e Criação: Ricardo Matioli
Elenco: Ricardo Matioli
Iluminação e Figurino: Ricardo Matioli
Dia 9 de fevereiro, quinta-feira
Contos de Reis (Cia. Espagírica de Teatro – São José do Rio Preto/SP)
Sinopse:
Ambientada na Idade Média, a montagem busca retratar os tipos tradicionais da comédia popular através da figura dos Zanni, empregados dotados de ressentimentos, constituídos sobretudo de estupidez e fome. Aspargo e Berón são artistas esfomeados à procura de emprego até que acabam sendo contratados como faxineiros de um galpão real. Para passar o tempo em meio a panos, baldes, esfregões e vassouras, eles contam histórias que viveram durante a passagem por outros reinos, revelando confidências torpes de figuras reais.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 60 minutos
18h – CEU das Artes “Aristides dos Santos” – Núcleo Nova Esperança
Ficha Técnica:
Direção: Marcelo de Castro
Elenco: Marcelo de Castro e Ney Catarino
Apoio à pesquisa: Alexandre Mate
Direção Musical: Marcelo de Castro
Figurino: Priscila Luana Pereira e Lilian Moreira
Cenografia: Frederico Vieira Santos e Ney Catarino
Produção executiva: Marilia Botelho
Produção geral: Cia Espagírica de Teatro
Pé na Curva (Cia. de 2 – São José dos Campos/SP)
Sinopse:
Tolo e Infeliz, dois andarilhos que estão a vagar em algum lugar e em algum tempo, são os únicos sobreviventes de um mundo pós-apocalíptico. Por meio de um sonho, foram designados a uma missão, mas acabaram se perdendo. Agora tentam de todas as formas retornar ao caminho que os leva ao seu destino.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 60 minutos
19h30 – Sesi – Teatro
Ficha Técnica:
Dramaturgia e direção: Jonas di Paula
Figurino: Aparecida Maria
Cenografia: Cia. de 2
Sonoplastia: Renato Junior
Iluminação: Renato Junior
Preparação Corporal: Renato Junior
RESET LOVE (theURGIA – São José do Rio Preto/SP)
Sinopse:
A partir de uma pesquisa em poéticas da resistência que se serve do cruzamento entre a linguagem teatral, a videoarte e a performance, a peça pretende problematizar o discurso hegemônico de amor romântico e as narrativas a ele associadas. Numa época em que a evolução tecnológica penetra em espaços íntimos inéditos, condicionando ideologicamente os vínculos sexo-afetivos, entra em cena o caráter exibicionista, obsceno, surreal dos relacionamentos amorosos e a reflexão sobre a fragilidade do artista nesse contexto.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 20 minutos
21h – Cursinho Alternativo – Sala 2
Ficha Técnica:
Argumento e Direção: Cristian Cortes
Codireção: Marlon Morelli
Elenco: Rafaella França, Lawrence García e Cristian Cortes
Sonoplastia: Cristian Cortes
Iluminação: Ricardo Matioli
Videasta: Vinicius Dall’Acqua
A Vida é Sonho (Cia. Teatral Boccaccione – Ribeirão Preto/SP)
Sinopse:
Sou aquilo que fui ou este que mudou? Dentro de um clássico de séculos atrás residem perguntas ainda não respondidas que reverberam ainda mais intensamente nos dias atuais. Através da trajetória de Segismundo, o público caminha com a obra enquanto recebe pistas sobre a condição humana. Um rei acredita no infortúnio de que seu filho causaria desgraças à sua pátria desde seu nascimento e opta por trancafiar o príncipe em uma torre e dá-lo por morto. Vinte anos depois, repensando seu ato, declara ao povo que seu sucessor está vivo e que receberá a chance de experimentar o mundo civilizatório e seu topo sociopolítico. Segismundo é dopado e levado ao trono por um dia, para responder em sonho àquilo que a vida pergunta sobre seu destino.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 1h45
21h30 – Cursinho Alternativo – Sala 1
Ficha Técnica:
Dramaturgia e Adaptação: Marcelo Ribeiro e Karol Nurza
Direção: Paula Klein
Diretor Assistente: João Paulo Fernander e Fran Nuñes
Elenco: Gabriela Vansan, Guilherme Casadio, João Paulo Fernandes, Joe Bacheschi, Karol Nurza, Marcelo Ribeiro, Naná Berthchelly, Nathália Fernandes e Vilsinho Juri
Criação Musical: Jonathan Silva
Figurino: Zezé Cherubini
Cenografia: João Paulo Fernandes / Guilherme Casadio Iluminador: Michel Masson
Maquiagem: Cia Teatral Boccaccione
Adereços: Rubia Campos
Preparação Corporal: Bela Pizani, Chico Lima e André Doriana
Preparação Vocal: Elaine Matsumori
Produção Executiva: Gabriela Vansan, Karol Nurza, Nathália Fernandes
Corte um Pedaço (Zé Antônio Borges – São José do Rio Preto/SP)
Sinopse:
Inspirada na obra de Yoko Ono “Cut Piece”, de 1964, a performance questiona o novo estatuto da família e a negação dos direitos civis dos casais homoafetivos. Diante da imagem de uma cerimônia de casamento, o público é convidado a cortar e remover pedaços das roupas dos noivos, em uma relação em que a fronteira entre a vida e a arte é transposta.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 20 minutos
23h30 – Bar – Cursinho Alternativo
Ficha Técnica:
Concepção e direção: Zé Antônio Borges
Atores performers: Zé Antônio Borges e Mauricio Toledo
Operação de som e projeção de imagem: Fabiana Pezzotti
Dia 10 de fevereiro, sexta-feira
Memórias de um Quintal (Insensata Cia. de Teatro – Belo Horizonte/MG)
Sinopse:
O espetáculo traz à cena o duelo entre uma criança e um pardal. Manguinha sonhava em acertar o pássaro com o seu bodoque, mas sua péssima pontaria fazia do menino motivo de chacota. Determinado, depois de muito treinar, finalmente consegue acertar o pássaro! Mas o que sentiu nesse momento não foi exatamente a alegria que sempre esperou. Livremente inspirada na obra “O Matador”, de Wander Piroli, a dramaturgia também conta com as memórias de infância dos próprios atores.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 55 minutos
16h – Praça das Rosas (Jardim Seixas)
Ficha Técnica:
Dramaturgia: O coletivo, orientação de Raysner de Paula
Direção: Brenda Campos, Cláudio Márcio, Dário Marques, Keu Freire
Elenco: Brenda Campos, Cláudio Márcio, Dário Marques, Keu Freire
Cenografia e figurinos: O coletivo, orientação de Daniel Ducato
Sonoplastia: Dário Marques (Trilha sonora original)
Iluminação: Ítalo Mendes e Keu Freire
Produção: Insensata Cia. de Teatro
Vidas Secas (Caravan Maschera Teatro – Atibaia/SP)
Sinopse:
Uma obra imagética que transforma continuamente os signos, os significados e os sentidos do contexto atual e histórico da seca, da angústia e da esperança do sertanejo, indo além dos regionalismos geográficos e da temporalidade das épocas. O texto de Graciliano Ramos transcende em bonecos, imagens e figuras que nos fazem rever a obra por uma “poesia do olhar”.
Classificação indicativa: 10 anos
Duração: 60 minutos
19h30 – Sesi – Teatro
Ficha Técnica:
Concepção e Encenação: Giorgia Goldoni e Leonardo Garcia Gonçalves
Elenco: Giorgia Goldoni e Leonardo Garcia Gonçalves
Musicalidade: Luiz Queiroz
Iluminação: Filipe Pereira
Assessoria confecção de bonecos: Fernanda Paredes
Cérebro de Elefante (Cia. Ir e Vir – São José do Rio Preto/SP)
Sinopse:
Um relacionamento amoroso é feito de um amontoado de lembranças constantemente acionadas na memória como se pudessem ser a justificativa para percalços e descompassos afetivos e conseguissem trazer pistas para entender o vazio que o tempo impõe – reflexo do nosso próprio vazio existencial, tão necessitado do outro para ser e acontecer. E são elas, as lembranças, o motor da consciência das personagens que formam esse triângulo amoroso. Oscilando entre a falta e o excesso de culpa, compaixão, tolerância, humildade, abnegação e amor, eles buscam de forma frenética e absurda a razão de suas existências, mergulhando num jogo cíclico e sem fim onde, talvez, a morte seja só o começo.
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 55 minutos
21h – Alternativo – Sala 2
Ficha Técnica:
Texto e Direção: Tiago Mariusso
Elenco: Harlen Félix, Luciana Gadoti e Vanessa Cornélio
Figurino e Maquiagem: Isaac Ruy
Cenografia: Tiago Mariusso
Sonoplastia: Milton F. Verderi e Tiago Mariusso
Iluminação: Isaac Ruy e Tiago Mariusso
Foto: Ricardo Bom, Cinemacaco e Jorge Etecheber
Produção: Cia. Ir e Vir
Perdoa-me por me Traíres (Teatro Kaô – São Mateus/ES)
Sinopse:
Dividida em três atos e escrita por Nelson Rodrigues em 1957, a peça narra a tragédia vivida por Glorinha, uma garota órfã criada pelo obscuro tio Raul. Ela, influenciada por sua amiga Nair, decide ir a um bordel, o que acaba revelando segredos e gerando consequências irreparáveis à sua vida.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 1h20
22h – Alternativo – Sala 1
Ficha Técnica:
Texto: Nelson Rodrigues
Direção Geral: Marcelo Cruz
Direção Musical: Rosilda Cabalini
Elenco: Aline Oliveira, Ellen Zouain, Iisa Santos, Luan Ériclis, Lucas Borghi, Raphael Ferrete, Roni Boa Tonini, Victor Miranda e Vitória Manuella
Música: Grupo Som Uni
Ambientação: Luan Ériclis
Figurino: Ellen Zouain
Produção de Cena: Adryelle Ferreira, Ursula Passamani, Keuwy Sousa, Gabriel Oliveira e Marcelo Cruz
Odhara (Cia. Poleiro dos Anjos – São José do Rio Preto/SP)
Sinopse:
Ao descobrir sua gravidez, a atriz percebe que já não é mais a mesma mulher que um dia sonhou ser mãe. Protagoniza, então, sua própria história e apresenta Odhara, fruto do seu ventre e de sua resistência. Em uma performance intimista, sentada numa cadeira, a atriz convida cada espectador a uma viagem no tempo, celebrando a vida e transformando arte e realidade numa única experiência.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 40 minutos
23h30 – Alternativo – Bar
Ficha Técnica:
Argumento e Criação: Raphaella França
Orientação e Co-criação : Murilo Gussi
Elenco: Raphaella França
Dia 11 de fevereiro, sábado
Coração dos Teatros Rodantes (Andaime Teatro Unimep – Piracicaba/SP)
Sinopse:
Ao passear por um parque em Berlim, o escritor Franz Kafka encontra uma menina chorando porque havia perdido sua boneca. Para acalmá-la, inventou que a boneca não estava perdida, mas viajando e que, sendo ele um carteiro viajante, entregaria cartas para a menina contando as aventuras da boneca. Fruto de pesquisas sobre o livro/texto “Kafka e a boneca viajante”, de Jordi Fabra i Sierra, a peça pretende, por meio do diálogo entre artistas e plateia, devolver a palavra às praças e parques públicos, espaços originalmente destinados ao encontro.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 60 minutos
16h – Praça Santa Apolônia – Engenheiro Schmidt
Ficha Técnica:
Dramaturgia: Ilo Krugli
Direção de Arte: Júlio Dojcsar
Elenco: André Stenico, Antonio Chapéu, Ariane Martins, Carlos Jerônimo, Jennifer Garcia, Raissa Buschini e Tiago de Luca
Músicos: Felipe Vechini e Nivaldo Santos
Direção musical e composições: Juh Vieira
Trabalho corporal: Erika Moura
Direção: Rogério Tarifa
Realização: NUC – UNIMEP e Ponto de Cultura Garapa
Apoio: PROAC 2011 – Secretaria de Estado da Cultura
Só (Grupo Sobrevento – São Paulo/SP)
Sinopse:
De forma delicada, subjetiva e ao mesmo tempo contundente, a peça trata da fraqueza, da vulnerabilidade, da insegurança, da fragilidade e dos sonhos de pessoas que estão em busca de algo que não poderão alcançar. Cinco personagens apresentam-se em diferentes situações que partem sempre de objetos que, retratados exatamente como os objetos que são, terminam por transformar-se em elementos poéticos e metafóricos. São cinco caminhos que terminam por encontrar-se nas suas solidões.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 1h20
19h e 21h – Graneleiro – Swift
Após a segunda sessão, haverá um bate-papo com a plateia sobre o trabalho do Grupo Sobrevento, que completa 30 anos.
Ficha técnica:
Criação: Grupo Sobrevento
Dramaturgia: Luiz André Cherubini , Sandra Vargas, Sueli Andrade, J. E. Tico, Liana Yuri, Daniel Viana e Maurício Santana
Direção: Luiz André Cherubini e Sandra Vargas
Elenco: Sandra Vargas, Sueli Andrade, Liana Yuri, Daniel Viana e Maurício Santana
Colaboração artística: Agnès Limbos (Gare Centrale) e Antonio Catalano (Casa Degli Alfieri)
Composição musical: Arrigo Barnabé
Figurino: João Pimenta
Assistente de figurino: Marcelo Andreotti
Iluminação: Renato Machado
Cenário: Luiz André Cherubini e André Cortez
Produção executiva: Lucia Erceg
Técnico de Luz: Marcelo Amaral
Cenotecnia e contra-regragem: Agnaldo Souza
Réquiem para um Rapaz Triste (Teatro do Indivíduo – São Paulo/SP)
Sinopse:
Com linguagem realista e inspirado nas personagens femininas do escritor Caio Fernando Abreu, o solo apresenta Alice, uma mulher solitária e dependente de cigarros que dialoga de forma franca e direta com o público, que é recebido em seu “quarto”.
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos
21h – Alternativo – Sala 2
Ficha Técnica:
Texto e Concepção Geral: Rodolfo Lima
Direção: Ivania Davi
Elenco: Rodolfo Lima
Vídeo: Dedeco Macedo
Contrarregragem: Caíque Teruel
E Toda Vez que Ele Passa, Vai Levando Qualquer Coisa Minha (Delirivm Teatro de Dança – São Simão/SP)
Um grupo de pessoas está em uma estação à espera do trem. Cada qual traz consigo um pouco de sonhos, desejos e esperanças. Seriam pessoas abandonadas em um vilarejo ou fantasmas predestinados a vagarem por esta estação?
Classificação indicativa: Livre
Duração: 50 minutos
22h – Alternativo – Sala 1
Ficha Técnica:
Criação, coreografia e direção: João Butoh
Elenco: Carlota Salvador Zocatelle, Catia Buono, Dulce Elena Tudine do Valle, Francisco José Duarte Moreira, Gracinda Rodrigues de Oliveira, Iraci de Lima Bimbatti, Joana Ignez Portugal, Liliana Longo, Lucia Helena Longo, Maria Stella Pasquini de Souza, Maria Aparecida Alves Pereira, Olívia Lopes Dolmen, Rosalina Antonia Fonseca, Victório Kiritschenko e Vandette Tubero Duarte Moreira.
PUTO! (GAL – Grupo de Apoio à Loucura – São José do Rio Preto/SP)
Sinopse:
Puto – substantivo masculino – 1. m.q. HOMOSSEXUAL (subst.).
- indivíduo devasso, sensual; sacana.
3.B tab. pej. indivíduo velhaco, de mau caráter; sacana.
4.tab. infrm. dinheiro de ínfimo valor; tostão, centavo, vintém.
5.P infrm. menino, filho, criança.
- Adjetivo infrm.ou com muita raiva; irritado, furioso.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 45 min
23h – Alternativo – Bar
Ficha Técnica:
Texto e Direção: Murilo Gussi
Elenco: Andressa Maria, Murilo Gussi e Savio D’ Agostino
Direção Musical: Savio D’ Agostino
Criação de trilha sonora: Andressa Maria e Savio D’ Agostino
Direção de Arte e Figurinos: Renatto Souza
Assistente de Produção e Operador de Luz e Som: Tiago Mariusso
Cenografia e Adereços: G.A.L.
Maquiagem e Contrarregra: Suria Amanda
Depoimentos: Cristian Cortes, Diego Neves, Fabiana Pezzotti, João Gabriel David, João Pedro Castro, Kátia Gussi, Lohana Mariano, Luan Diego, Malu Oliveira, Natanielli Carvalho e Renatto Souza.
Produção : G.A.L.
Dia 12 de fevereiro, domingo
Salve, Malala! (Cia. La Leche – São Paulo/SP)
Sinopse:
Duas crianças – a menina Sofia e o menino Yan – vivem numa aldeia em que o rei promove uma guerra contra escolas para meninas. Elas ocupam sua escola e ali, através de suas memórias, lembram e recontam algumas histórias de habitantes que resistiram às ordens do rei. Enquanto brincam com essas memórias, assistem, de dentro da escola, a aldeia ser destruída pelo rei. Livremente inspirado na garota paquistanesa Malala Yousafzai, o espetáculo quer refletir, por meio desse lugar imaginário, sobre os dias de hoje, sobre os nossos direitos e as maneiras de resistência e luta para um mundo mais igualitário e poético.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 50 minutos
15h – Sesc – Teatro
Ficha Técnica:
Dramaturgia: Alessandro Hernandez
Direção: Cris Lozano
Elenco: Alessandro Hernandez e Léia Rapozo
Iluminação: Grissel Piguillem
Cenário, Adereços e Figurinos: Eliseu Weide
Trilha Sonora: Luciano Carvalho
Técnico de Palco: Jota Rafaeli
Técnico de Som e Luz: Wilson Saraiva
Blitz – O Império que Nunca Dorme (Trupe Olho da Rua – Santos/SP)
Sinopse:
Seguindo a ordem e o progresso nacional, nada mais (in)conveniente que passar por uma BLITZ (do alemão blitzkrieg, “guerra-relâmpago”, ou ataque repentino), ou ter seus direitos violados pelo Estado. A opressão que o brasileiro vive hoje nas ruas, seja em meio a manifestações ou indo comprar pão na esquina, é levada de forma satírica e mordaz pelo grupo. Suscitando a discussão sobre a desmilitarização da polícia e o exacerbado militarismo como resquício do período ditatorial, o espetáculo, como diria Brecht, é “um grande divertimento quanto aos tempos de barbárie”.
Classificação indicativa: Livre
Duração: 1h30
17h – Praça das Rosas (Jardim Seixas)
Ficha Técnica:
Dramaturgia: Criação Coletiva
Direção: Caio Martinez Pacheco
Elenco: Bruna Telly, Caio Martinez Pacheco, Fábio Piovan, João Paulo T. Pires, João Luiz Pereira Junior, Raquel Rollo, Sander Newton e Wendell Medeiros
Técnico: Pablo Bailone
Direção Musical, Figurinos, Cenário e Sonoplastia: Trupe Olho da Rua
Produção – Raquel Rollo e Caio Martinez Pacheco
MUNDOMUDO (Cia. Azul Celeste – São José do Rio Preto/SP)
Sinopse:
Investigando a relação cultural entre o velho e o novo por meio dos valores difundidos na sociedade contemporânea, o espetáculo propõe um mergulho que fala de homens pequenos aprisionados em um espaço enorme, religados repetidamente pelo jogo estabelecido na convivência e na necessidade um do outro. Jogo compreendido como jogo teatral, cujas regras mantêm-se no seu mínimo e irredutível viger: um início, uma duração, um final, e a repetição de todo o processo em dias sequentes. As regras impõem-se, e os personagens, atônitos, submetem-se ao jogo como ao destino. MUNDOMUDO significa o fim deste jogo, que se mantém como remedo do teatro passado, e vislumbra, na devastação que lhe circunda, formas fantasmagóricas para um teatro futuro.
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 90 minutos
20h – Alternativo – Sala 1
Ficha Técnica:
Concepção: Jorge Vermelho
Dramaturgia: Cintia Alves
Direção: Georgette Fadel
Elenco: Henrique Nerys e Jorge Vermelho
Figurinos: Linaldo Telles
Cenografia: Jorge Vermelho
Cenotecnica: Ângelo Lima Ferreira e Wellington Herculano Diniz
Iluminação: Jorge Vermelho e Alexandre Manchini Jr.
Operação de luz: Alexandre Manchini Jr.
Trilha Sonora: Jorge Vermelho e Raphael Pagliuso Neto
Direção Musical: Raphael Pagliuso Neto
Cenotecnia, Operação de Som e Paisagem Sonora: Elvis Leandro dos Santos
Visagismo: Jorge Vermelho
Preparação Corporal: Flávio Davanzo e Lucas Hernandes
Produção Executiva – Jorge Vermelho
ATIVIDADES FORMATIVAS:
OFICINA: Diálogo sobre a Prática da Crítica
Com Valmir Santos, jornalista, crítico teatral com mestrado em Artes Cênicas pela USP, idealizador e coeditor do site Teatrojornal – Leituras de Cena. Serão abordadas ferramentas para análise dos principais elementos constitutivos e expandidos da cena; procedimentos técnicos, estilísticos e éticos do ofício; e breve panorama histórico da crítica no jornalismo brasileiro e seu atual campo de pesquisa na universidade.
Dias 8, das 15h às 18h, no Sesc, e 9 de fevereiro, das 9h às 12h, na Casa de Cursilho. (Público-alvo: artistas, jornalistas, estudantes de teatro, jornalismo e letras, e interessados em crítica teatral – 20 vagas).
OFICINA: Teatro de Objetos
Com Sandra Vargas, diretora, atriz, dramaturga e uma das fundadoras do grupo Sobrevento (São Paulo/SP). Partindo dos princípios básicos para a utilização da linguagem do Teatro de Objetos e da compreensão do grupo Sobrevento a respeito da mesma, cuja força está no trabalho do ator como ator e não como manipulador, os participantes buscarão construir uma dramaturgia pessoal.
Dias 09 e 10 de fevereiro, das às 15h30 às 18h30, no Sesc Rio Preto. (Público-alvo: atores e artistas maiores de 14 anos, arte-educadores e professores das áreas de artes e letras – 20 vagas).
BATE-PAPO: Curadoria – Mostras, Festivais e Circuitos
Curadores, vinculados ou não a instituições, discutirão os procedimentos e metodologias utilizados na curadoria de eventos teatrais que compõem a cena contemporânea.
Dia 10, das 10h às 12h, na Casa de Cursilho. (Público-alvo: artistas, produtores, gestores culturais e demais interessados na área – 30 vagas).
VIVÊNCIA: Música e Movimento
Com Claudia Borges, músico-educadora, agitadora cultural e professora de musicalização. A vivência oferecerá aos participantes práticas lúdicas por meio de rodas cantadas com canções de domínio público, cantos de trabalho, cirandas e percussão corporal.
Dia 11 de fevereiro, das 10h às 12h, na Casa de Cursilho. (Público-alvo: artistas, arte-educadores, professores e interessados em música – 30 vagas).
RODAS DE RESISTÊNCIAS
Rodas de discussão que propõem reflexões sobre o teatro em suas várias formas de resistência, envolvendo concepções, escolhas e práticas de criação, produção, manutenção, circulação, difusão, organização e protagonismo em políticas públicas. Mediação de Juliana Calligaris.
Dia 9, das 13h30 às 15h15, Roda de Resistências I – Temáticas e Estéticas. Dia 10, das 13h30 às 15h15, Roda de Resistências II – Produção e Manutenção. Dia 11, das 13h30 às 15h15, Roda de Resistências III – Redes e Coletivos.
Local: Casa do Cursilho. Público-alvo: artistas, produtores, gestores culturais e demais interessados. 30 vagas por roda.
ATRAÇÕES MUSICAIS DO BAR CULTURAL (ALTERNATIVO, À MEIA-NOITE):
Dia 8, quarta-feira: André Fernandes
Dia 9, quinta-feira: Zeca Barreto
Dia 10, sexta-feira: Griot’s
Dia 11, sábado: Os 3 do Balanço
ENDEREÇOS:
Cursinho Alternativo: Av. Nossa Senhora da Paz, 1032 (acesso pela Rua Pedro de Carvalho) – Jd. Alto Alegre
Sesc Rio Preto: Av. Francisco Chagas Oliveira, 1333 – Chácara Municipal
Sesi Rio Preto: Av. Duque de Caxias, 4656 – Jd. dos Seixas
Praça das Rosas: Av. das Hortências, altura do nº 180 – Jd. dos Seixas
Graneleiro (Complexo Swift): Av. Duque de Caxias, s/n – Jd. dos Seixas
CEU das Artes Aristides dos Santos: Rua Robson Augusto Lopes Diaveiro, s/n (antiga Rua 17) – Parque Nova Esperança
Praça Santa Apolônia: Centro do Distrito de Engenheiro Schmidt
Casa de Cursilho: Rua Raul Silva, 2239 (acesso pela Rua Dr. Synésio de Melo Oliveira) – Nova Redentora