Lobão revisita os anos 80 e revela todas as verdades da época mais exuberante e autodestrutiva da música brasileira. Seu Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock, da editora LeYa, tem noite de autógrafos marcada para o dia 1 de agosto. O evento acontece às 19h, na Saraiva Megastore do Riopreto Shopping.
O atendimento será feito por ordem de chegada.
Lobão apresenta seu Guia como um relato irreverent e pessoal do Brasil a partir dos bastidores de sua então principal expressão cultural. Ao mesmo tempo um dos sócios-fundadores daquele rock e um de seus maiores críticos, ele revive as amizades. Fala das parcerias, as primeiras derrotas, as decepções, as drogas leves, as drogas pesadas, o corporativismo burocrático, a baixa autoestima, as gravações ruins. Ao mesmo tempo, a profusão inimaginável de grandes canções que pontuaram o período pelo olhar de alguém que abraçou aquela vida louca.
Uma década perdida, trash, cafona. Os anos 1980 foram tempos de mullets, parafina, gel, terninhos de ombreiras, He-Man, Xou da Xuxa e hiperinflação. Mas, ainda bem, também tinha muito rock and roll.
E é assim, pelo rock, que Lobão se confronta com as idiossincrasias estético-comportamentais daqueles anos. Sua atmosfera política e o desinteresse daquela nova geração pelo que chama de “desgastada e empolada linguagem da ingênua, presunçosa e reacionária MPB”.
Tomando o devido distanciamento temporal dos acontecimentos, ele não poupa palavras para, de uma vez por todas, contar todas as verdades sobre os anos 80.
A narrativa tem início no ano de 1976, com o Festival de Saquarema. Lá se reuniram os principais nomes de um embrião daquilo que viria a ser chamado de “rock dos anos 80”. Daí surgem o Circo Voador, o Rock in Rio, a Blitz, a Legião Urbana, os Paralamas do Sucesso, os Titãs, o Ultraje a Rigor, o RPM, Ritchie, Lulu Santos . Surge a filosofia dos executivos de gravadoras de “sempre gastar muito para ganhar muito . Mas sempre na direção do tosco e do pasteurizado”.
“Por que o melhor dessa década se esvaneceu? Por que será que não deixou nenhum legado? Foram as mortes de artistas fundamentais um fator decisivo? Certamente isso contribuiu de forma dramática para a derrocada… Mas será que foi só isso? É o que veremos”, escreve.
Dessa forma, o Guia reflete, relata e rastreia com fatos, especulações e anedotas as causas da implosão da década. À sua maneira, com este livro, Lobão faz as pazes com os anos 1980.
Sobre o autor
Nascido no Rio de Janeiro em 1957, Lobão iniciou carreira como baterista com o grupo Vímana (com Lulu Santos e Ritchie), em 1974, e, posteriormente, com a Blitz. Em 1982 lançou seu primeiro álbum solo, Cena de Cinema.
Compositor de grandes sucessos como “Me Chama”, “Vida Bandida”, “Rádio Blá”, “Decadence avec Elegance”, “Vida Louca Vida” e “Corações Psicodélicos”, em 1999 decidiu lançar por conta própria o álbum A Vida É Doce, que, comercializado em bancas de jornal de todo o Brasil, alcançou o posto de segundo disco mais vendido de sua carreira.
De 2003 a 2008 editou a revista OutraCoisa, que a cada edição trazia o CD de um músico independente (BNegão, Cachorro Grande e Mobojó, entre outros). Em 2007 lançou o CD e DVD Acústico MTV, que lhe rendeu o Grammy de Melhor Disco de Rock. Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 Pelo Rock é seu quarto livro, após os best-sellers 50 Anos a Mil, Manifesto do Nada na Terra do Nunca e Em Busca do Rigor e da Misericórdia.