Durante a pandemia, houve um aumento exponencial dos quadros tromboembólicos na população positiva para o Coronavírus. Além dos tradicionais fatores de risco para trombose venosa profunda e embolia pulmonar, a infecção viral também se mostrou extremamente pró-trombótica, agredindo de maneira impiedosa nosso sistema imunológico e criando um ambiente inflamatório tão intenso, capaz de formar micro e macro trombos em diversos segmentos da nossa circulação.
A trombose venosa profunda e a embolia pulmonar associadas ao Covid-19 destacaram-se nestes últimos dois anos de pandemia pela elevada incidência, especialmente em pacientes internados em unidades de terapia intensiva, mas acima de tudo, pela gravidade clínica e radiológica, com piora rápida e irreversível do quadro respiratório inicial.
Atualmente, não discutimos a cura clínica da infecção viral, uma vez que diversos sintomas inespecíficos, que especulamos estar associados ao Coronavírus, podem se manifestar tardiamente, em período compreendido entre 3 a 6 meses após a alta hospitalar. Isto significa que os cuidados de higiene, as medidas sanitárias, o distanciamento, o uso de máscaras e, sobretudo, o acompanhamento médico deve ser continuado e estendido enquanto os sintomas suspeitos persistirem. Dentre estes, podemos ressaltar as dores nas pernas, o inchaço das extremidades, o distúrbio auditivo e olfativo, as alterações de memória e a queda capilar.
A embolia pulmonar, doença que recentemente abreviou a vida do cantor Maurílio Delmont Ribeiro, caracteriza-se pela obstrução das artérias pulmonares por coágulos sanguíneos, resultando em comprometimento respiratório e cardíaco, com evolução indesejada em grande parte dos casos. Assim como apresentado pelo cantor Maurílio, o mal súbito decorrente do quadro embólico pulmonar pode ser antecedido por dores nas pernas.
As dores nas pernas, especialmente quando associadas a inchaço, representa a manifestação clínica da trombose venosa profunda, que se caracteriza pela presença de um coágulo de sangue que se formou na circulação venosa das pernas. Se o diagnóstico não for realizado precocemente e o tratamento anticoagulante não for instituído, a instabilidade do coágulo resulta em seu desprendimento da circulação venosa periférica, com impactação nas artérias pulmonares.
A obstrução pulmonar prejudica as trocas respiratórias, com redução da oxigenação sanguínea e quadrode falta de ar importante, que pode evoluir para insuficiência respiratória com necessidade de ventilação artificial. Além disso, ocorre a sobrecarga cardíaca em decorrência do aumento da pressão nas artérias pulmonares, com evolução para insuficiência cardíaca e parada cardiorrespiratória.
Apesar da gravidade da embolia pulmonar, seu diagnóstico pode ser efetuado com avaliação detalhada, através do CheckUp Vascular. O exame de Doppler Vascular identifica a presença de coágulos de sangue na circulação venosa periférica, responsáveis pela embolia pulmonar. Além disso, o tratamento com anticoagulante deve ser realizado sempre de acordo com a recomendação do Cirurgião Vascular, que representa o profissional adequado para conduzir o tratamento clínico e cirúrgico da embolia pulmonar.
Manter o acompanhamento médico, em especial após a infecção pelo Coronavírus, é essencial para o diagnóstico e tratamento precoce dos quadros tromboembólicos. Para mais informações sobre tratamentos modernos das alterações vasculares, acesse meu site www.drsthefanovascular.com.br