Projeto ‘Ensaiando Paulo Moura’ tem estreia nacional em Rio Preto

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O Instituto Paulo Moura, em parceria com a Prefeitura de São José do Rio Preto, cuja inauguração acontece nesta quarta-feira (19/2), promove o projeto ‘Ensaiando Paulo Moura’, com direção geral de Halina Grynberg e curadoria e direção musical de Myriam Taubkin.Trata-se de uma série de eventos em homenagem a Paulo Moura, com a participação de grandes músicos de diferentes gêneros musicais, em São Paulo, Rio de Janeiro e uma ocupação musical em São José do Rio Preto (cidade natal do músico), com shows, oficinas, exibição de filmes e intervenções urbanas.  O projeto faz parte da programação do aniversário de 162 anos de Rio Preto.

Em todas as cidades, a programação é gratuita. O patrocínio nacional é do BNDES.

‘Ensaiando Paulo Moura’ procura apresentar as principais vertentes musicais do artista: sua verve erudita, em composições para concerto de orquestra sinfônica; o caminho da big band, com arranjos do artista; e a veia popular e carioca, com a presença de instrumentistas notáveis do Rio de Janeiro, numa composição de sopros, cavaquinho, violão, bateria e contrabaixo, resultando em gafieira, sambas e choros.

A curadoria do projeto se preocupou em reunir, além de artistas que compartilharam da música e da vida de Paulo Moura, artistas da atualidade que conduzem seu trabalho com uma visão que provavelmente se afinaria com a do homenageado. Um elenco que vai desde grupos da nova geração de música brasileira, passando por instrumentistas consagrados, bandas, até a participação de uma orquestra sinfônica.

“Conheci Paulo Moura no final dos anos 1970, quando ele tocou com meu irmão, (o pianista) Benjamin Taubkin. Mas somente conheci Halina há dez anos, quando Paulo Moura participou do evento “Um sopro de Brasil”, que reunia cerca de 250 músicos de sopro brasileiros. Eu e Halina nos reaproximamos durante a exposição em homenagem ao Paulo no SESC Pompeia, quando surgiu a ideia deste evento atual. Nós pensamos juntas e buscamos, mais do que uma homenagem, fazer deste evento uma oportunidade de transmitir o legado da obra do Paulo. Investigar como os músicos de hoje trilham o caminho aberto por ele, como este som (de Paulo Moura) entra no espírito dos músicos atuais. Procuramos pensar em coisas que o Paulo gostaria de ver, como apresentações de big band, choro, gafieira e ritmos afro. Achei muito generoso da parte de Halina me entregar a direção musical deste projeto.”, afirma Myriam Taubkin.

As Oficinas marcarão presença fundamental, tendo como referência o método desenvolvido por Paulo Moura para ensino da música instrumental e improvisos em grupo. O objetivo é dialogar com São José do Rio Preto através do convívio com os estudantes e professores de música, além de artistas da cidade e a população em geral.

Com programação 100% gratuita, a ideia é mobilizar a população de São José do Rio Preto, reunindo os músicos locais aos convidados de Rio e São Paulo, mesclando experiências e motivações criativas em eventos que se espalham por toda a cidade: ruas, igrejas, escolas de música, grupos espontâneos de choro, samba, vozes e cortejos.

Programação

São José do Rio Preto

25 de março, terça feira, 19 horas

Salão Roberto Costa de Abreu Sodré, 9º andar – Avenida Alberto Andaló, 3030

Palestra sobre a obra de Paulo Moura, com Halina Grynberg e Cliff Korman. Apresentação do Instituto Paulo Moura, projeto virtual de divulgação da música instrumental brasileira a partir do acervo digital do artista.

26 a 28 de março, de quarta feira à sexta feira, das 14 às 17 horas

Casa de Cultura Dinorath do Valle

Praça Cacilda Becker, s/n – Vila Universitária – Fone: 3226-3366

Oficina “Ritmos e cantos das tradições do Sudeste” – preparação e percepção compartilhada dos principais ritmos e cantorias originais de São Paulo e Rio de Janeiro.

Preparadores: Marcos Suzano, Denis Duarte, Mauricio Badé, Sapopemba e Ari Colares.

Oficina “Vamos tocar na banda” – composições  de Paulo Moura, com arranjos inspirados em sua pratica de ensino para bandas.

Direção: Cliff Korman

Assessoria: Daniela Spielmann

26 de março, 18 horas

Sé Catedral de São José

Rua Siqueira Campos, 3033 – Centro – Fone: 3234-4879

Celebração litúrgica e musical – músicas religiosas com arranjos de Paulo Moura, Paulo de Tarso e Wagner Tiso, para piano e Coral. Piano e regência: Paulo de Tarso

Apresentação da pianista Clara Sverner – no programa H.Villa-Lobos – “Impressões seresteiras” e “Prelúdio da Bachiana n° 4”; Eduardo Souto – “Despertar da Montanha”; C.Debussy – “Clair de Lune”; F. Chopin – “Prelúdios n° 17 e n° 18”;  Chiquinha Gonzaga – “Bionne” e “Atraente”; E. Nazareth – “Odeon”

27 de março, 20 horas

Teatro Municipal Paulo Moura

Avenida Duque de Caxias, s/n  – Fone: 3224-0024

Apresentação de “Arredores da Lapa”, de Paulo Moura, com a Orquestra Jovem Tom Jobim, regida por Heitor Fujinami. Peça para percussão e orquestra. Solista: Marcos Suzano

Apresentação de “Fantasia Urbana”, de Paulo Moura. Peça para sax alto e orquestra. Solista: Dilson Florencio

Apresentação de quatro arranjos sinfônicos de canções da tradição popular brasileira – “Olelê”, “Tamborim”, “No bater” e “Alvoradinha”. Arranjos: Thiago Costa e Rodrigo Morte. Convidados: Benjamim Taubkin (piano e Clareira), João Taubkin (contrabaixo), e Ari Colares, Neusa de Souza, Mazé Cintra, Verlúcia Nogueira e Sapopemba (vozes e percussão).

28 de março, 20 horas

Teatro Municipal Paulo Moura

Avenida Duque de Caxias, s/n   Tel: (17) 3224-0024

“Afroelectro”: Apresentação de Felipe Roseno (bateria); Mauricio Badé (canto e percussão); Denis Duarte (canto, percussão e programação); Michi Ruzitschka (guitarra);  Meno Del Picchia (contrabaixo).

“Mistura e Manda”: Apresentação de Léo Gandelman, Carlos Malta, Dirceu Leite e Humberto Araújo (sopros); Henrique Cazes (cavaquinho); Charles da Costa (violão); Luiz Alves (contrabaixo) e Ajurinã Zwarg (bateria). Arranjos de Carlos Malta, Humberto Araújo e Henrique Cazes para composições de Paulo Moura.

29 de março, 10 horas

Calçadão

Cortejo de rua, conclamação à população da cidade para se unir aos artistas e alunos das oficinas em cantos, batuques e audição da banda no palco da Praça Rui Barbosa.

 SÃO PAULO

30 de março, domingo, 11 horas

MASP – Museu e Arte de São Paulo

Av. Paulista, 1578 – SP Tel:  (11) 3251-5644

Perto da Estação do Metrô – Trianon

Capacidade do auditório:  374 lugares sentados

Apresentação de “Arredores da Lapa”, de Paulo Moura, com a Orquestra Jovem Tom Jobim, regida por Heitor Fujinami. Peça para percussão e orquestra. Solista: Marcos Suzano

Apresentação de “Fantasia Urbana”, de Paulo Moura. Peça para sax alto e orquestra. Solista: Dilson Florencio

Apresentação de 4 arranjos sinfônicos de canções da tradição popular brasileira – “Olelê”, “Tamborim”, “No bater” e “Alvoradinha”. Arranjos: Thiago Costa e Rodrigo Morte. Convidados: Benjamim Taubkin (piano e Clareira), João Taubkin (contrabaixo), e Ari Colares, Neusa de Souza, Mazé Cintra, Verlúcia Nogueira e Sapopemba (vozes e percussão).

RIO DE JANEIRO

10 de abril, quinta feira, 21 horas

Teatro do Espaço Tom Jobim

Rua Jardim Botânico, 1008 (dentro do Parque  Jardim Botânico)   Tel: (21) 2274-7012

Capacidade: 340 lugares

Apresentação de arranjos originais de Paulo Moura para formação de big band

Com: Baixada Jazz big band

Direção musical: Cliff Korman

participação especial: Gilson Peranzetta (piano)

11 de abril, sexta feira, 21 horas

Teatro do Espaço Tom Jobim

Noite de música e dança:

“Afroelectro”: Apresentação de Felipe Roseno (bateria; Mauricio Badé (canto e percussão); Denis Duarte (canto, percussão e programação); Michi Ruzitschka (guitarra);  Meno Del Picchia (contrabaixo).

“Mistura e Manda”: Apresentação de Léo Gandelman, Carlos Malta, Dirceu Leite e Humberto Araújo (sopros); Henrique Cazes (cavaquinho); Charles da Costa (violão); Luiz Alves (contrabaixo) e Ajurinã Zwarg (bateria). Arranjos de Carlos Malta, Humberto Araújo e Henrique Cazes para composições de Paulo Moura.

Inauguração do Instituto Paulo Moura acontece nesta quarta-feira

O Instituto Paulo Moura, um edifício digital pensado como uma plataforma de ações culturais e de ensino em torno da música instrumental, será inaugurado nesta quarta-feira, dia 19/2, em evento gratuito e aberto ao público no Espaço Tom Jobim.

O espaço virtual do Instituto oferece uma  proposta de  navegação original: uma narrativa de fotos e diálogos conduzida pelo próprio Paulo Moura, em reflexões sobre a sua trajetória  profissional, fotos e comentários sobre suas  gravações em rádio, TV e discos, textos de referências estéticas, registros sonoros inéditos restaurados, entrevistas, ensaios de shows, trilhas de cinema, memórias pessoais. Um link interno do Instituto conduzirá ao acervo digital do maestro e músico, onde estão as partituras e iconografia completa,  desenvolvido pelo Instituto Tom Jobim e hospedado no seu portal.

A inauguração conta ainda com instalação cenográfica de Helio Eichbauer, com objetos pessoais do músico, e apresentação da Orquestra Popular Tuhu, do Instituto Villa Lobos, regida por Maria Clara Barbosa.

O Instituto Paulo Moura promove, como marco de sua inauguração, o projeto “Ensaiando Paulo Moura”, uma série com shows em São Paulo (MASP, dia 30 de março) e no Rio de Janeiro (Espaço Tom Jobim, dias 10 e 11 de abril), além de uma ocupação musical em São José do Rio Preto (de 26 a 29 de março), cidade natal de Paulo Moura, onde acontecem shows, oficinas, cortejos musicais e exibição de documentário sobre o músico.

Evento de abertura: dia 19 de fevereiro (4ªf), às 19h

Local: Foyer do teatro do Espaço Tom Jobim

Rua Jardim Botânico, 1008 – Jardim Botânico / RJ    Tel: 21 2274.7012

Entrada Franca

Músicos, pesquisadores e estudantes de música e todo o público poderão conhecer mais sobre a vida e a obra do maestro, compositor, arranjador e músico Paulo Moura (1932-2010), com a inauguração do Instituto Paulo Moura. Idealizado e dirigido pela psicanalista Halina Grynberg (companheira de Paulo Moura por quase três décadas), com patrocínio da Vale (antiga Vale do Rio Doce), o Instituto tem como objetivo, mais do que preservar o legado do músico, mantê-lo em movimento, transmitindo sua obra para as novas gerações e intercambiando conhecimento entre músicos de todo o Brasil e do mundo.

Halina Grynberg, que entrevistou o marido para o livro biográfico “Paulo Moura, um solo brasileiro” (Ed. Casa da Palavra), convida o público para este mergulho na vida e obra do grande músico: “O Instituto Paulo Moura e seu Acervo Digital são um espaço de memória, saberes e uma ferramenta de convocação social em  torno do que há de mais refinado na tradição musical brasileira.  Se o som é a alma da matéria, o legado de Paulo é o sopro que faz de nossa identidade uma aventura coletiva refinada, ao alcance de  todos os segmentos de nossa sociedade. Linguagem que dispensa a palavra, a música emociona e eleva. Nos reúne em torno de um bem comum: podemos ser melhores. Podemos assobiar a vida.”

O Instituto dá o pontapé inicial em suas atividades neste evento comemorativo no Foyer do Teatro do Espaço Tom Jobim, onde haverá uma instalação do cenógrafo Helio Eichbauer – Helio assinou a exposição “Paulo Moura 80 anos – pausa e silêncio” sobre o músico, no SESC Pompeia / SP, em 2012. Agora, numa versão condensada daquela exposição, Eichbauer apresenta duas caixas de acrílico com cerca de 1,20m x 2m contendo partituras e objetos pessoais como chapéus, gravatas, amuletos, livros de consulta, objetos religiosos, entre outros.

Faz parte também deste evento uma apresentação da Orquestra Popular Tuhu, do Instituto Villa Lobos, conduzida pela maestrina Maria Clara Barbosa, que executará um repertório de composições e arranjos de Paulo Moura para big band.

O Instituto seguirá suas atividades com o projeto “Ensaiando Paulo Moura”, que consiste em uma série gratuita de shows em São Paulo (MASP, dia 30 de março) e no Rio de Janeiro (Espaço Tom Jobim, dias 10 e 11 de abril), além de uma ocupação musical em São José do Rio Preto (de 26 a 29 de março), cidade natal de Paulo Moura, onde acontecem shows, oficinas, cortejos musicais e exibição de documentário sobre o músico.

O Instituto Paulo Moura visa à organização e difusão do legado artístico do maestro e instrumentista de sopro Paulo Moura, e a conversão para mídias digitais de seus documentos profissionais e pessoais produzidos em 65 anos de carreira – bibliografia especializada, documentos textuais, estudos de estética, gravações caseiras e inéditas, DVDs, discos e vídeos inéditos – e possibilita uma abordagem simultaneamente biográfica, de pesquisa e crítica sobre a Música Instrumental Brasileira.  Este edifício digital está sendo elaborado de maneira a ser fonte de uma historização da música popular instrumental brasileira, recuperando suas influências europeia e americana, bem como suas raízes afro-brasileiras.