Enquanto mulheres têm uma cultura de prevenção, é fato que os homens não têm o hábito de exames preventivos.
Há quase 30 anos o Brasil comemora o Dia do Homem no dia 15 de julho.
Desde então, e até hoje, o foco dessa data é na saúde masculina, muitas vezes negligenciada em função de tabus e preconceitos. Enquanto o Dia internacional da Mulher alerta para a garantia de direitos, no caso masculino a ideia é conscientizar para os cuidados com a saúde.
Na data comemorativa, com ações em diversas áreas, instituições da área de saúde como o Instituto Radion de Curitiba alertam para a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce de doenças potencialmente graves. Infelizmente, a maioria dos homens brasileiros não vai ao médico, mesmo quando há sintomas.
Se for por prevenção, então, menos ainda.
O resultado disto é que, a cada três mortes que ocorrem no Brasil, duas são de homens.
E pior, na faixa etária entre os 25 aos 59 anos de idade, período de vida de maior produtividade.
Entre os principais problemas de saúde que atingem o público masculino estão o câncer de próstata, doenças do coração (infarto, AVC), outros cânceres (pele, pulmão), colesterol elevado, diabetes e hipertensão arterial. Um check-up anual poderia apontar e tratar precocemente a maioria desses males. Porém, há uma grande resistência a essa prática.
O exame preventivo ao câncer de próstata é o exemplo clássico de preconceito. No entanto, o diagnóstico pelo toque retal só traz benefícios ao paciente. A medicina avançou ao ponto de permitir a cura de tumores, em seus estágios iniciais, por meio dos avanços em Radioterapia.
Por isso mesmo, é fundamental que o exame seja feito periodicamente, de acordo com a idade do paciente, para a detecção do problema o mais precoce possível. De acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo tipo mais frequente em homens – atrás, apenas, do câncer de pele não melanoma. Motivo mais do que suficiente para alertar para a importância de prevenção e do diagnóstico precoce.
Casos de hipertensão e diabetes seguem a mesma lógica. Diante desses fatos, a mobilização em prol da saúde do homem se faz cada dia mais necessária.