ESTAÇÃO DA LÍNGUA é aberta à visitação pública gratuita a partir da próxima quarta, no Sesc Rio Preto

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Em cartaz na Área de Convivência do Sesc Rio Preto a partir da próxima quarta, dia 26 de fevereiro, a mostra Estação da Língua reproduz, por meio de recursos interativos e tecnológicos, atrações do Museu da Língua Portuguesa, de São Paulo (SP). A exposição, que resgata a história, origem e peculiaridades da língua portuguesa, fica exposta gratuitamente até o dia 30 de março e uma das novidades exclusivas da itinerância é o Mapa dos Falares Paulistas.

“Um dos pontos altos da Estação da Língua é o espaço inédito Mapa dos Falares, que mostra os diferentes sotaques e expressões de diversas regiões do Estado”, conta Antonio Carlos Sartini, diretor do Museu da Língua Portuguesa. Desde a inauguração do Museu da Língua Portuguesa, em 2006, Sartini revela que já tinha a intenção de levar a mostra para além dos limites da capital paulista. “Tínhamos o desejo de realizar uma exposição itinerante que pudesse aproximar o Museu do público de diversas regiões do Estado. Fizemos um recorte das áreas expositivas do Museu, assim, levamos a Praça da Língua, as Origens, a Grande Galeria e a Linha do Tempo para esse tour por sete cidades paulistas”.

A mostra itinerante Estação da Língua, que tem apoio da Lei Rouanet, se tornou realidade em 2013 e, desde então, percorre cidades do Estado de São Paulo, já tendo sido vista por mais de 40 mil visitantes. A realização é do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, do IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, organização social de cultura que gere o Museu da Língua Portuguesa, e da Arquiprom. A itinerância da Estação da Língua em São José do Rio Preto tem a parceria institucional do Sesc em São Paulo e patrocínio de Comgás, IBM Brasil, Sabesp e Vivo.

A Estação da Língua

Em cada cidade a exposição está em um espaço cultural apropriado e, nele, o visitante caminha por seis áreas expositivas. Começa com uma grande escultura de caixas onde se apresenta o Museu da Língua Portuguesa e segue para o ‘desembarque’, formado por um painel gráfico com as origens da língua e um vídeo/animação que apresenta as conquistas e a expansão ultramarina de Portugal até o ano de 1500 – quando ocorre o descobrimento do Brasil. Esta seção inclui um terminal multimídia que permite ao visitante escutar os vários sotaques do português pelo mundo.

A terceira área expositiva reproduz parte de outra ala consagrada no Museu da Língua Portuguesa: a Linha do Tempo, com a evolução do idioma no Brasil até a atualidade. O visitante segue para terminais com telas touch-screen que apresentam a relação do português com outros idiomas, como as línguas indígenas e africanas, e também as influências dos imigrantes europeus em solo brasileiro. “Buscamos oferecer ao público um pouco do Museu da Língua Portuguesa e também novidades, atraindo assim quem já esteve no Museu e aqueles que ainda não o conhecem”, explica o arquiteto Fernando Arouca, responsável pelo projeto.

O passeio se aproxima do fim num painel em forma de quebra-cabeça que apresenta um vídeo baseado em dez entrevistas especiais. O vídeo permite confrontar e mesmo sugerir um diálogo  entre cinco cidades paulistas, ressaltando as particularidades linguísticas de cada região. A parada final destaca em projeções a presença diversificada da língua portuguesa no dia a dia do brasileiro, até mesmo em sonhos, com a apresentação de dois vídeos – Culinária e Danças – que fazem parte da estrutura da Grande Galeria do Museu, na Estação da Luz.

No total, são quase 300 metros quadrados de área expositiva. A estrutura é transportada de uma cidade a outra em caminhões, pois a Estação da Língua foi pensada de maneira que possa ser desmontada e novamente aberta ao público em outra cidade em até sete dias.