Henrique Prata, do Hospital de Câncer de Barretos, fala no Roda Viva desta segunda-feira

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O diretor geral do Hospital de Câncer de Barretos e pecuarista Henrique Prata, é o entrevistado do Programa Roda Viva, que vai ao ar pela TV Cultura, nessa segunda-feira, dia 12, às 22h00.
Jornalistas especializados em Saúde questionaram o sucesso de sua gestão, uma vez que a instituição do interior de São Paulo só atende pacientes pelo Sistema Único de Saúde e é reconhecida como referência internacional em tratamento oncológico.

São 6 mil pacientes por dia com o que a medicina chama de “padrão ouro”. Se isso pode parecer um contrassenso, já que o SUS é o espelho do descaso em saúde pública no país, Prata explica como a sua ilha, ou melhor, o seu arquipélago de excelência funciona. “Temos os mesmos protocolos de hospitais como o MDAnderson e o St Judes, nos EUA, medicina avançada e um modelo de humanização que faz a diferença”.
O gestor avaliou que, mesmo com déficit de R$ 11 milhões de reais por mês, o HBC consegue fazer pesquisa, prevenir, tratar e curar os pacientes que chegam de todos os cantos do mapa a Barretos, Jales, Rondônia e às carretas de atendimento móvel que giram pelo Nordeste e interior do País. Sobre o grande volume de doações que mantém o centro, mesmo quando os repasses dos governos não chegam a tempo, Prata dá importância fundamental às contribuições de pessoas físicas, com poucos recursos, e que todo dia 30 mandam até R$ 25 mensais para os cofres da entidade.

“É gente pobre na grande maioria, que teve parentes assistidos por nós. E que jamais recebeu atenção e cuidados. Essas pessoas são gratas e entendem que para continuarmos a dar a cobertura de primeiro mundo que é nossa marca registrada, temos que ficar com o chapéu na mão pedindo para aos artistas e empresários”.
Prata aludiu à dificuldade de contratar médicos especializados nos vários tipos de câncer de alta complexidade, mesmo com salários a partir de R$ 30 mil por mês, “porque não há formação técnica desses profissionais na medida da demanda no País”, e da medicina de ponta que o hospital pratica. São 10 unidades em operação em 150 mil metros quadrados de área construída.

Além do Hospital de Câncer de Barretos, o complexo do interior contém o Hospital de Cuidados Paliativos São Judas Tadeu, o Ircad (o único centro de robótica e cirurgia minimamente invasiva da América Latina), o Hospital de Câncer Infantojuvenil, o Instituto de Prevenção e a Unidade de Customização de Carretas, o Instituto de Ensino e Pesquisa, o Instituto Sociocultural e a Unidade de Pesquisas Clínicas. Fora de Barretos há o Hospital de Jales, a unidade de Rondônia e o já em construção Hospital da Amazônia.

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