Projeto ‘Ensaiando Paulo Moura’ exibe documentário

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São José do Rio Preto – O projeto ‘Ensaiando Paulo Moura’ conta com um aperitivo antes da estreia oficial na próxima terça-feira (25/3): a exibição de um documentário que retrata a carreira musical e a vida do músico. “Paulo Moura Alma Brasileira” nesta quinta-feira, dia 20 de março, às 9h30. Uma outra sessão acontece na próxima quarta-feira, dia 26, também às 9h30, no Cinema Centerplex, do Shopping Cidade Norte.

O documentário, que é dirigido por Eduardo Escorel, reúne vestígios filmados e gravados ao longo de quatro décadas e retrata a carreira musical e a personalidade de Paulo Moura. Clarinetista, saxofonista, compositor, arranjador e regente, o músico apresenta 25 músicas do seu repertório e narra sua própria trajetória.

Segundo o diretor Eduardo Escorel, o principal objetivo do documentário foi fazer um tributo ao músico, reunindo apresentações marcantes de sua carreira. “A pesquisa de arquivo, iniciada no segundo semestre de 2010, prosseguiu até o fim da edição. Dois anos depois, com o documentário já concluído, novos registros continuaram a ser encontrados”, comenta.

A obra cinematográfica será vista por alunos da Escola Municipal Profª Olga Mallouk Lopes da Silva e aberta ao público até atingir a lotação limite do local, que é 250 lugares. A entrada é gratuita. Não há necessidade de retirada de convite antecipado.

Paulo Moura
Nascido em São José do Rio Preto, São Paulo, filho caçula do clarinetista e mestre de banda Pedro Moura, Paulo Moura (1932-2010) começa a estudar piano e a atuar na orquestra do pai ainda adolescente, já tendo dois irmãos trompetistas e um trombonista. Finda a Segunda Guerra, muda com os pais para o Rio de Janeiro, passando a morar na Tijuca. Graduado como clarinetista na Escola Nacional de Música, inicia sua carreira profissional tocando nas gafieiras da Praça Tiradentes, e em bailes como integrante das orquestras de Osvaldo Borba, Zacharias, e mais tarde Severino Araújo. Em 1956, grava o Moto Perpétuo, de Paganini, seu primeiro 78 rpm como solista. Trabalhou na Rádio Nacional como instrumentista e arranjador, entrou como clarinetista para a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal e gravou, em 1959, o LP Paulo Moura interpreta Radamés Gnattali, com músicas compostas especialmente para ele. Nas décadas seguintes, em inúmeros LPs, CD’s e apresentações, no Brasil e no exterior, com múltiplos parceiros e alternando ritmos variados, tornou-se nas palavras de Zuza Homem de Melo “aquele que pode ser considerado o representante máximo da música instrumental brasileira”.