Pessoas que dedicaram sua juventude a lutas políticas estão hoje na terceira idade. Como será que elas, que sempre questionaram as ideias vigentes, estão vivendo sua velhice?
Qual o impacto do processo de envelhecimento sobre a ação política e a militância dessas pessoas?
O Sesc Rio Preto promove no mês de março dois bate-papos dentro do projeto “Novos Velhos”,. A entrada é é gratuita.
No dia 23, sexta, a unidade recebe o bate-papo “Militância e Envelhecimento”, com a ex-presa política Maria Amélia de Almeida Teles. A Amelinha, militante feminista desde os anos 1960, lutou contra a ditadura militar. Aos 74 anos, Amelinha irá refletir no bate-papo sobre as peculiaridades da condição do envelhecimento da mulher no Brasil. Ela é referência na luta pela memória, verdade e justiça .
Com o tema “Uma Vida de Lutas e a Vivência do Envelhecimento’, no dia 27, última terça do mês, o bate-papo será com Tidda Vernucci, funcionária pública, militante de movimentos sociais, Manoel Messias Pereira, professor de história e militante do movimento negro, e Osvaldo Valereto, militante pelos direitos dos idosos.
Eles falam sobre a experiência de dedicar boa parte do seu tempo a uma causa de interesse coletivo. E, também, sobre como lutar por um ideal contribui para o enfrentamento das questões trazidas pelo envelhecimento.
Confira a programação completa:
NOVOS VELHOS
Em 2050, a população idosa no Brasil será maior do que a de crianças. Apesar deste cenário, o envelhecimento ainda é ligado aos conceitos de incapacidade, fraqueza, inutilidade, além de se atribuir aos indivíduos hábitos comuns, desconsiderando suas características próprias e as inúmeras maneiras de envelhecer. Diante disso, o Sesc Rio Preto aborda o envelhecimento sob a perspectiva das mudanças de comportamento dos idosos, os clichês relacionados a eles e as possibilidades de enfrentamento desta população diante do mundo contemporâneo, trazendo questões que desafiam limites e crenças.
BATE-PAPO
MILITÂNCIA E ENVELHECIMENTO
Com Amelinha Teles, 74 anos, ex-presa política, militante feminista desde os anos 60.
Pessoas que dedicaram sua juventude a lutas políticas e a movimentos sociais estão hoje no que se convencionou chamar de terceira idade. Como será que elas, que sempre questionaram as ideias vigentes, estão vivendo sua velhice? Qual o impacto do processo de envelhecimento sobre a ação política e a militância destas pessoas? Para discutir estas questões, Amelinha Teles abordará as peculiaridades da condição do envelhecimento da mulher no Brasil e como ela segue motivada na atuação pela causa.
Dia 23, sexta, 14h30 às 16h.
Teatro. 228 lugares.
Grátis.