Rio Preto – BREU tem mais de 100 atrações, 42 trabalhos produzidos na cidade

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Artistas de Rio Preto se preparam para o BREU

O BREU, que acontece de outubro a dezembro de 2015, traz olhares de artistas provenientes de diversas cidades do país, incluindo Rio Preto. O evento, que acontece de 15 de outubro a 20 de dezembro, terá sua programação completa divulgada a partir do dia 23 de setembro, no site sescsp.org.br/breu.

Entre as mais de 100 atrações que compõem o evento, 42 são produzidas por grupos da cidade. Além das apresentações artísticas, os rio-pretenses também integram o Laboratório de Auto-cura da exposição Cidade Inquieta, um dos destaques da programação, e ministram algumas atividades formativas.

A fatia da programação protagonizada pelos conterrâneos traz espetáculos, intervenções, performances e shows criados especialmente para o BREU ou que dialogam com seu conceito: ativar a discussão sobre as inquietudes urbanas e o relacionamento do homem com a cidade. “O momento, que é de reflexão por meio de trabalhos que aguçam o senso crítico e questionam o lugar comum, também é de celebração. Estamos revisitando a cidade junto aos seus protagonistas, através da arte e do diálogo. O encontro desses artistas na mesma proposta apresenta um rico panorama da produção local, com pesquisas maduras, trabalhos bem apurados tecnicamente e muitas questões lançadas ao público”, afirma Graziela Nunes, coordenadora de programação do Sesc Rio Preto.

Para Lawrence Garcia, integrante da Cia. Apocalíptica, os processos de reflexão, instigados pelas atividades preparatórias para o BREU durante o ano todo, são destaque. “O evento contribui para o fomento de arte local, se propondo a isso ou não, mas não apenas com apresentações de obras prontas, e sim com uma provocação para que nos experimentemos em algo novo”. – afirma. A Cia. Apocalíptica participa do Breu com dois projetos: a reformulação do espetáculo Homem do Princípio ao Fim, que se transforma em uma intervenção; e o Ab Urbe Condita, uma parceria inusitada com o grupo literário Sarau Urbano. “É uma iniciativa inédita para nós da Apocalíptica essa parceria. Vamos transpor para uma ocupação cênica o espírito do Sarau”, revela Lawrence.
Além de Lawrence, outros nomes já bastante conhecidos dos rio-pretenses também estão confirmados, como Jorge Vermelho (Cia. Azul Celeste), Andrea Capeli (Grupo Terra) e Ricardo Matioli (Cia. Palhaços Noturnos). Um dos diferenciais do BREU a presença de articuladores culturais, como Alexandre Kaldera, idealizador da Casa Kenty; e iniciativas populares, como a de Kaciane Caroline Marques, de 10 anos, criadora da Biblioteca Comunitária do bairro Lealdade e Amizade. Enquanto Kaldera traz uma discotecagem embalada pelo espírito underground que fez a fama de sua casa; a pequena Kaciane transporta sua biblioteca para uma temporada no Sesc Rio Preto, com direito a leituras em grupo conduzidas por ela.
Também integram a grade do BREU artistas de Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, entre outras cidades.


Projetos participantes / Rio Preto (em ordem alfabética):

Ab Urbe Condita
Cia Apocalíptica e Sarau Urbano. Para comemorar os dois anos do Sarau Urbano e da Companhia Apocalíptica, os coletivos se unem para uma transposição cênica.

Admitimos PCD
Vanessa Cornélio e Milton F. Verderi.
Reflexão a cerca dos caminhos do emprego inclusivo, pelas vias da oportunidade ou do oportunismo.

Alexandre Kaldera
Discotecagem com o DJ, artista plástico e articulador cultural idealizador do mais conhecido ponto de encontro alternativo de Rio Preto, a Casa Kenty.

Aos Donos da Rua
Cia. Cênica.
Pesquisa musical e literária inspirada nas entidades Exu e Pombo Gira – os “donos das ruas” – tão presentes nas religiões afro brasileiras e no imaginário popular, mas ainda demonizados pela maior parte da população.

Aos que aqui estão
Cia. Balé de Rio Preto.
Com inspiração as obras do artista de rua britânico Banksy, o espetáculo aborda as sutilezas do egoísmo social.

Blecaute
Cia. Os Cogitadores.
Em um mundo apocalíptico, o espetáculo apresenta vestígios de uma humanidade falha e auto-destrutiva.

Brechó
Betânia Menezes.
Trocas de roupas, objetos, histórias e experiências em um brechó intinerante que acompanha algumas das apresentações de rua integrantes do Breu.

Clowns Lixeiros Carregadores de Malas
Ricardo Matioli e Anderson Ayusso.
Seis palhaços vestidos de branco orientam a jogar lixo no lixo e carregam malas para as pessoas que necessitam.

Desculpe o Transtorno
Aislan de Moraes, Maykol Cruz. Direção: Marcelo Zamora.
O espetáculo lida com a reverberação da ação realizada dentro do espaço coletivo, usando como elemento de provocação um guindaste e artistas que executam acrobacias a mais de 20 metros de altura.

Direito ao Delírio
Andréa Capelli.
Inspirada em um trecho do texto homônimo de Eduardo Galeano, a intervenção propõe outro mundo possível, um mundo imaginado, quase utópico.

Ensaios para Ninguém
Cia. Núcleo 2
A partir de um olhar para a cidade, o público é convidado a refletir sobre o agora. Divididos em cinco encontro-espetáculos e utilizando do teatro, dança, música e audiovisual a Cia. vai habitar o urbano e o rural, com o intuito de experimentar novas sensações acerca do que se vive vivemos.

Es(cada)
Com Andrea Capelli, Maria Zilda, Thais Benites, Riva Martins, Márcio Batista.
Bailarinos utilizam a escada como obstáculo e inspiração para sua dança.

Escribas do Breu
Isaac Ruy, Ubirathan do Brasil, Susanna Busato, Bruno Fausto, Isabela Martinez, Cleber Falquete e Marina Rima.
Num exercício diário, sete escritores da cidade revezem-se na publicação de textos sobre temas pungentes do cotidiano, utilizando como canal a fanpage do Sesc Rio Preto no Facebook.

Eu ser, só
Alison Bernardes, Cibele Sampaio, Jaqueline Rosa, Mateus Leonel e Vanessa Cornélio.
Aborda o
ser humano está inserido num sistema de convenções, onde as relações sociais se tornam cada vez mais vazias e angustiantes.

Fluxo
Beat Squad.
Retratos de situações incomuns em uma parada de ônibus na qual pessoas descobrem afinidades através das danças urbanas.

Fluxos
Grupo Mono’Onírico.
Instalação que parte de textos de Isaac Ruy como fluxos de consciência, para povoar o consciente e o inconsciente de suas personagens.

Gustavo Barreto
Discotecagem com o DJ e pesquisador musical.

Homem do Princípio ao Fim
Cia. Apocalíptica
Por meio de cenas aparentemente desconexas, o espetáculo investiga a história da humanidade, desde Adão e Eva até a criação da Bomba H.

Hyundai 160 Rolex- História Demolida
Jorge Vermelho e Cibele Sampaio.
Realizada em uma casa desabitada e já condenada à ruina, a performance propõe uma reflexão acerca da memória e sua importância na fixação da identidade de um lugar.

Micromem(´)ria ( foto)
Homero Ferreira.
Uma performance-experiência de contar e dar ouvidos. Pede-se aos participantes da atividade que levem uma foto ou objeto que guarde uma memória.

Mnemonia – Um poeta e suas inquietações
DramanaTrama Cia. Teatral.
Um poeta em busca de inspiração para a criação de mais um texto. Diante da crise, ele discorre sobre a vida, sobre os temas que permeiam sua obra e sobre a existência humana.

Música Perdida
Filipe Murbak.
A partir de uma pesquisa, o projeto apresenta interpretações de letras nunca antes gravadas, esquecidas em gavetas.

Normal                                                                                                                                                                  
Vinicius Dall’Acqua.
Um olhar diferente para a vida urbana. “Normal” é uma obra audiovisual provocadora e incômoda sobre o cotidiano humano.

Noturnâncias
Kleber Felix.
Relatos das errâncias de Kleber Félix pelo espaço noturno do evento Breu.

O Carteiro e os Poetas
Taroba, Poeta John, Mayara Ísis e Mariana Delfino.
O carteiro e músico Taroba entrega textos dos poetas que a partir daí interagem com o público.

Onde foram parar meus guarda-chuvas?
Ubirathan do Brasil.
Performance literária para o lançamento do livro homônimo que teve a participação de 47 personalidades locais para declamarem/gravarem um audiobook.

O Pequeno Grande Ditador
Cia. Só Riso.
A obra de Chaplin até hoje dialoga com a cidade e o urbano, no sentido de que foi e ainda precisa ser reafirmado: a paz, o equilíbrio, a justiça e a igualdade.

O Senhor Esteja Convosco
Augusto Cetrone, Teka Mastrocola , Fabiano Amigucci, Alex Darc, Carol Campos, Ariel Caratori, Vinicius Dall Acqua, Rafael Cervantes, Vanessa Cornélio, Ninfa Corrêa Gorla, Vera Gama e Anderson Ayusso.
Intalação performática de um altar sacro-profano que pretende refletir sobre o papel da igreja em meio à vida urbana.

Orbit
Ticko Bboy Brasil.
Um personagem não humano que deseja estabelecer uma relação de ação e reação com o ambiente.

O Sol
Daniela Águas.
Vivência intimista e expressiva em que, a partir da leitura de um conto ambientado na cidade de São José do Rio Preto, “O Sol”, de Antônio Manoel dos Santos Silva, possibilita a troca de experiências entre participantes e o resgate da memória afetiva com a cidade.

Povo da Rua – Deus faz e o Diabo tempera
Taune Alamino, Luiz Andrade e Alexandre Manchini Jr.
Em um falso ritual festivo, o público é convidado a participar de um encontro com as figuras arquetípicas de um Malandro e uma Pomba-gira.

Protesto
Milena Gondim Visoná, Carolina Parra Beneti, Beatriz Aureliano Jorge,  Amanda Cunha dos Santos e Maykol Cruz.
A performance faz referência a indignação da população com a atual situação político-econômica do país, que tem se utilizado de protestos para manifestar-se.

Quando o silêncio fala
Sérgio Mel.
Um convite singelo à reflexão do eu por meio do silêncio.

Samba da Algodoeira
A Comedoria do Sesc recebe o tradicional samba que acontece há três anos numa fábrica de tratamento de algodão desativada. No local, músicos rio-pretenses da velha guarda e outros mais jovens tornam vivo o ritual do samba comunitário, praticado por todos que estão a disposição para tocar.

S.O.P.A
Zilda Arali.
Discurso plástico e artístico sobre a consciência ambiental, desperdício e reaproveitamento do material que resulta em dano ao meio ambiente.

Soul R.U.A
Emerson Bastos Sereni.
A trajetória de um garoto nascido e criado no bairro São Deocleciano, periferia de São José do Rio Preto.

Sujicidade
Carolina Benetti e Amanda Cunha.
O trabalho procura respostas no início de tudo: o branco. Investiga como tudo o que é claro, vai se sujando por influência de fatores externos e se corrompendo.

Terminal
Com Grupo Terra de Dança Contemporânea.
Uma construção metafórica que discursa sobre as relações humanas, tomando como ponto de partida os terminais de ônibus das grandes cidades.

Teto Furado com Linha de Pipa
Raquel Wohnrath.
Recorte de textos e imagens que compõem a obra Teto Furado com Linha de Pipa, que trata da diversidade do olhar sobre seres humanos na construção de fatos urbanos e de sua interação com esse meio.

Vaginarte
Anna Cláudia Magalhães.
Atividades artísticas protagonizadas por mulheres: Batalha de rimas, Intervenção Visual, Intervenção Poética, Show e Tenda de Sherazade, onde mulheres são convidadas a entrar em contato com o lugar sagrado do feminino e seus poderes ancestrais, por meio de exercícios de expressão corporal e pintura coletiva propostos por Nathalie Gingold e Val Teixeira.

Vermelho Queimado
Cia. O que será de nós?!
Dois personagens urbanos reais e marginais – uma prostituta e um drogado – que inicialmente não se relacionam entre si, mas possuem o mesmo universo permeado de encontros e preconceitos.

Vivendo de Improviso
Com Pedro Improvisador.
Poesias, rimas e muito bom humor são as características que descrevem esse poeta marginal que apresenta suas poesias e e rimas feitas na hora.

 

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