Aniversário, 15 anos de excelência

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Aniversário, 15 anos de excelência

Festa Night Fever comemora os quinze anos da Revista Domínios

Comandada por Valéria Garcia e Genny Zarzour a revista nasceu no dia 26 de outubro de 1997 como Info Green. Os 15 anos da Revista Domínios serão comemorados com a festa  “Night Fever” no dia 15 de setembro, no salão do Clube de Campo do Monte Líbano.

Um show de Peninha anima a noite, que conta ainda com a banda cover Bee Gees Alive, e a banda Mala Direta. O Buffet é o Dair de Faria.

O sucesso e a renda da noite de dez anos da Domínios,  que aconteceu no Villa Conte deve se repetir. A renda  será revertida, mais uma vez, para o Lar Esperança. Na festa de 10 anos um cheque de R$45.000 foi doado. É o maior cheque da história de festas beneficentes particulares da cidade.

A revista completa quinze anos com periodicidade regular. Detalhe muito importante, pois é isto que define um  “PERIÓDICO”, a existência regular, ininterrupta. O leitor sabe o dia que a revista vai chegar a sua casa, sabe também que a Domínios vai trazer leitura.

Um dos diferenciais da revista é manter uma equipe de jornalistas independente, que faz reuniões de pauta e escolhe os assuntos com foco no leitor.

Abaixo uma matéria com o artista Peninha, feita pela jornalista Cris Oliveira. Esta matéria está na revista do mês passado. Este mês a revista traz entrevista com a Banda Mala Direta e o Bee Gees Alive, também assinadas por Cris Oliveira.

 

Ele chegou onde queria: ser compositor de música popular

 

Cris Oliveira

“Saudade até que é bom

É melhor que caminhar vazio

A esperança é um dom

Que eu tenho em mim, eu tenho sim…” – Sonhos

 

Um dos momentos mais esperados da festa que marca os 15 anos da Revista Domínios é o show com Peninha. Cantor e compositor, tem orgulho em dizer que sempre viveu de música, sendo que gravou seu primeiro disco, um compacto, em 1972, mas foi em 1977 que sucesso começou a lhe sorrir. E mais, ele declara que chegou onde queira: ser compositor de música popular

Nascido Aroldo Alves Sobrinho, Peninha ganhou esse apelido ainda criança, devido ao porte físico franzino.

Muitas de suas músicas alcançaram sucesso nas vozes de grandes interpretes da música brasileira. Fábio Júnior gravou Alma Gemea; Sandra de Sá e Tim Maia gravaram Sozinho; Caetano Veloso gravou Sonhos e incluiu Sozinho em seu CD Prenda Minha,  que levou disco de diamente.

Daniel, Alexandre Pires, Roberta Miranda, Paulinho Moska também têm composições de Peninha em seus repertórios. Afinal, ele tem mais de 300 obras gravadas por diversos interpretes.

Todo esse talento musical foi reconhecido através de prêmios, entre eles: Sharp de Música – Melhor Disco em 1991; Melhor Música “Alma Gêmea” em 1995; e Melhor Música “Sozinho” em 1997.

Também conquistou o Prêmio Qualidade Brasil 1999, na categoria Compositor; e Troféu Imprensa de Melhor Música, com Sozinho, também em 1999.

Casado, pai de cinco filhos, e dono de uma simplicidade peculiar aos que conquistam o sucesso, graças ao comprometimento que mantém com seu trabalho, ele falou com a nossa reportagem. Acompanhe.

 

Domínios – Como cantor e compositor, é nítido seu talento para criar. Mas você começou compondo ou cantando?

Peninha – Na verdade eu comecei como cantor. Naquela época (anos 60/70) era muito comum participar dos festivais. E assim como grandes talentos da nossa música, eu também comecei assim. Depois que veio o trabalho como compositor.

 

D – É você prefere compor ou cantar?

P – As duas coisas são legais. Compor é uma coisa mais solitária, espiritual. Cantar também é espiritual, mas não tão solitário. Eu, particularmente, tenho uma ligação muito forte com a atividade de compor.

 

D – Quando falamos desse processo criativo, talento é nato ou se lapida?

P – Eu não sei se o que eu tenho pode ser chamado de talento, mas sei que é algo que nasceu comigo. Só que paralelo a isso você precisa estudar, melhorar, lapidar. Porque você precisa disso, e o público também. Mas quando você já tem alguma para dizer, acaba dando tudo certo.

 

D – E depois de tantos anos de carreira, podemos dizer que você chegou onde queria?

P – Eu acabei virando o que queria ser: um compositor de música popular. Me considero um cantor romântico, que beira o brega (risos). Mas acho que deu tudo certo. Às vezes as pessoas pensam que não, porque o trabalho do compositor, que é o meu lado mais forte, é realmente um pouco anônimo. E meu comportamento particular também é meio de “bicho do mato”. Mas meu trabalho me deixa bem feliz.

 

D – São tantas vozes que já cantaram suas músicas. Como é sua relação com esses interpretes?

P – É uma relação normal e profissional. São pessoas que eu admiro o talento e gosto de ouvir cantando minhas músicas. Mas não são pessoas que fazem parte da minha vida cotidiana, não somos amigos de frequentamos a casa uns dos outros. É uma boa relação, mas profissional.

 

D – Quem ainda não gravou uma música sua, e você gostaria que gravasse?

P – Dificil dizer. Muita gente boa já gravou minhas canções. Acho que o Roberto Carlos é alguém que eu gostaria que gravasse uma música minha.

 

D – Quando falamos em composição musical, de onde vem a inspiração?

P – Não sei como explicar isso, de forma exata.  Mas por exemplo, Sonhos fala de um amor daquela época, quando eu tinha 18, 19 anos. Alma Gêmea é para um grande amor, já em outra fase da vida; Sozinho foi inspirado em um amor vivido pela minha filha. Para mim música é assim, ela vem, se instala, e quando você percebe já está pronta.

 

D – Quais os ingredientes que uma música precisa ter para ser sucesso?

P – Se está tudo muito bem, a música não vem. É necessário estar em um momento de mudança, estar sangrando. E mais do que isso, ter alguma coisa para dizer. E quando você tem alguma coisa para dizer, muitas pessoas param para te ouvir.

 

D – Teve alguma música que quando você acabou de fazer pensou “essa vai ser sucesso”?

P – Alma Gêmea eu senti isso. E quando eu ouvi a interpretação do Fábio Júnior, eu tive certeza. A música acabou sendo mais dele do que minha.

Já Sozinho, tinha sido gravada pela Sandra de Sá e pelo Tim Maia, mas estourou mesmo em um momento em que eu já não esperava. Eu não sabia que o Caetano tinha gravado. Tomei um susto quando ouvi na rádio, e na voz dele a música se tornou um sucesso avassalador.

 

D – Você não irá cobrar cachê, neste evento, que é beneficente ao Lar Esperança. Sempre participa de eventos beneficentes?

P – Sempre que posso eu participo. E não só eu. Tem muito músico que faz isso. É uma forma de deixar as coisas melhores.

 

D – E como será esse show em Rio Preto?

P – No meu show eu canto minhas obras, que as pessoas conhecem de outras vozes. E também tem uma seleção dos anos 60 e 70 e outras músicas que tenho certeza que todos irão lembrar. Ou seja, um show para que as pessoas acompanhem, cantem e se divirtam. Estou esperando todos de São José do Rio Preto para essa grande festa.

 

Quantas vezes no seu canto

Em silêncio você busca

O meu olhar

E me fala sem palavras

Que me ama, tudo bem

Tá tudo certo

De repente você põe

A mão por dentro

E arranca o mal pela raiz

Você sabe como me fazer feliz…” – Alma Gêmea

 

 “Eu tenho meus desejos e planos, secretos

Só abro pra você, mais ninguém…

…Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida

Fala que me ama, só que é da boca pra fora…” – Sozinho