Catanduva – Grupo belga de Rope Skipping se apresenta no Sesc

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Rope Skipping Club Rivienhof da Belgica (7)

 

Dias 23 e 24, o Sesc traz para Catanduva os campeões mundiais da modalidade, o Rope Skipping Club Rivierenhof, da Bélgica, que está em turnê pelo Brasil. O clube, primeiro da Bélgica, foi fundado em 1986, data a partir da qual tem participado de campeonatos nacionais e internacionais. A equipe de demonstração, que já venceu por cinco vezes campeonatos mundiais, é formada por ginastas com anos de experiência em competições, oficinas e apresentações.

O grupo faz apresentações no Sesc e nas escolas municipais de Catanduva, além de um workshop no Ginásio de Eventos do Sesc Catanduva. Confira a seguir a programação completa.

Vivências Esportivas

Dia 23, quinta, das 14h às 17h.

Sesc Catanduva. Grátis.

Workshop em Ginástica Geral e Apresentação

Dia 23, quinta, às 19h.

Sesc Catanduva. Grátis.

Vivências Esportivas com Escolares

Dia 24, sexta, das 14h às 17h.

Escolas Municipais de Catanduva. Grátis.

 

HISTÓRIA DO ROPE SKIPPING1

Os primeiros saltadores qualificados surgiram na China, há mais de mil anos. Um jogo chamado “100 Saltos” era uma das atividades esportivas favoritas durante o Festival de Ano Novo Chinês. A Corda foi também usada para saltar na Fenícia e no antigo Egito. Os gregos saltavam um poste no início da civilização ocidental, e vários pintores de antigas civilizações pintaram crianças brincando com uma corda.

Para além destes fatos históricos, na era moderna, o Rope Skipping teve origem na Holanda e fez o seu caminho através do Atlântico em 1.600. Os colonizadores holandeses foram os primeiros saltadores da América. Os Ingleses, que governavam a colônia holandesa no Rio Hudson, descobriram uma prática que consistia em saltar sobre uma ou duas cordas. Os filhos dos colonos holandeses saltavam nas suas cordas em frente às suas casas; enquanto isso, eram acompanhados por canções holandesas, incompreensíveis para ingleses e franceses. Curiosamente, foram os ingleses/americanos que batizaram a variedade de salto com duas cordas de “Double Dutch” (que significa “dupla holandesa”). O nome era um termo depreciativo, pois qualquer coisa associada com a cultura holandesa era considerada absurda e inferior para os Ingleses.

Tardou até o século XX para o “Double Dutch” surgir nas ruas das cidades. Nos anos 40 e 50, pular corda fazia furor nas cidades americanas do interior; mas, ao final dos anos 1950, a modalidade quase foi extinta, ofuscada pela popularidade da televisão e do rádio entre os jovens. Durante esse tempo de desenvolvimento, as crianças de todo o mundo usavam uma única corda para saltar. Boxeadores, fisioterapeutas, com os seus pacientes, e todo tipo de atleta usaram a corda para reabilitação, recreação, e para melhorar a condição física ou habilidades de coordenação. Apesar de tantas atividades individuais, ninguém parecia estar interessado o suficiente para transformar esta atividade  em um esporte sério. O resultado foi que, no final dos anos sessenta, embora todo mundo soubesse como pular corda, nunca ninguém tinha ouvido falar de Rope Skipping.

No início da década de setenta, dois acontecimentos marcantes contribuíram para o sucesso do Rope Skipping: em 1973, o Diretor Ulysses F. Williams, do New York Police Department (NYPD), escolheu usar o “Double Dutch” nos seus programas direcionados à juventude. O projeto foi habilmente chamado “Rope, no Dope” (“Corda, não Droga”), e o seu foco era manter os jovens longe das tentações destrutivas do centro da cidade. A quantidade de equipes organizadas de “Double Dutch” aumentou durante a década de 1980; em Nova York, por exemplo, havia 1.500 saltadores.

Um outro acontecimento foi protagonizado no inicio dos anos setenta: Richard Cendali começou a espalhar o Rope Skipping por todo o território dos EUA e, mais tarde, pelo resto do mundo. Em todos os lugares por onde viajou, levou centenas e, mais tarde, milhares de cordas com ele. Davam-lhe alojamento e refeições, bem como a possibilidade de vender as suas cordas depois dos seus workshops, para pagar as despesas de viagem e financiar a divulgação do esporte. Os seus alunos formaram uma equipe de exibição de Rope Skipping e viajaram com ele por todo o mundo.

A partir desse fato, várias Organizações Nacionais de Rope Skipping foram desenvolvidas. Nos anos noventa, o Rope Skipping Europeu (Organização ERSO) foi a primeira organização continental de Rope Skipping a ser fundada, seguida da Oceania, América e Ásia.

Posteriormente, a organização mundial FISAC-IRSF foi fundada e promove o Rope Skipping por todo o mundo. O primeiro campeonato da Europa aconteceu em 1991 e o primeiro campeonato mundial, em 1997, na Austrália. Atualmente, estão em desenvolvimento programas em vários países de África.

1- Fonte: Associação Portuguesa de Rope Skipping. Texto adaptado.

 

ROPE SKIPPING NO BRASIL

A partir dos esforços da atleta Iara Ito, sob a colaboração da Federação Internacional de Double e da Liga Americana de Double Dutch, em julho de 2008 foi elaborado o primeiro estatuto e a reunião dos possíveis diretores da então almejada confederação brasileira. Em agosto do mesmo ano, foi aprovado em cartório o registro da Confederação Brasileira de Double Dutch e Rope Skipping (CBDDRS).

Em março de 2009, a Confederação Brasileira de Double Dutch e Rope Skipping foi reconhecida pelo Ministério do Esporte como a entidade organizadora das modalidades de corda no país. Desde então, o Brasil vem desenvolvendo o esporte e conta com diversos competidores e equipes de destaque internacional. O país também é cede de vários eventos e demonstrações internacionais.