EXPOSIÇÃO FOTÓGRAFICA “DO PALCO À RUA” É DESTAQUE NA PROGRAMAÇÃO DO FIT

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Poucas pessoas conhecem tão bem a história do Festival Internacional de Teatro  Rio Preto – FIT como o fotógrafo rio-pretense Jorge Etecheber. Com um arquivo que conta com imagens de mais de 250 espetáculos que fizeram parte da programação das 14 edições do Festival, o fotógrafo revela ao público parte de seu acervo na exposição “Do Palco à Rua: histórias em cena do FIT Rio Preto”, que estará até o dia  30 de julho, no Riopreto Shopping, na Praça 1 de Eventos. A exposição entra para a programação do Festival.

A mostra, que faz parte das comemorações dos 15 anos de FIT, apresenta momentos capturados, desde 2001, data da primeira edição do evento. “O teatro, como a fotografia, é a arte do instante. Cada apresentação, como cada foto, é única e revela a singularidade daquele momento. Nesta exposição, o público terá a chance de relembrar alguns espetáculos e reviver aqueles instantes, por meio da imagem eternizada através de um clique”, explica o fotógrafo Jorge Etecheber.

Para exposição, serão instalados 12 totens, de 2 metros por 60 centímetros, onde serão apresentadas mais de 30 fotos de produções como “O Paraíso Perdido”, do Teatro da Vertigem, de São Paulo (2003); “Roman Photo”, da Companhia GranReyneta, do Chile (2005); “Mobile Homme”, Cia Transe Express, da França (2007); “Assombrações do Recife Velho”, do grupo Os Fofos Encenam, de São Paulo (2006); entre outras.

O fotógrafo conta que escolher, entre milhares de imagens, apenas algumas dezenas de fotos, não foi uma tarefa fácil, mas o processo de revisitar um acervo de mais de uma década trouxe diversas recordações, como a do primeiro espetáculo clicado no FIT. “O primeiro trabalho pelo Festival foi o espetáculo de dança-teatro ‘LesBonnes’, com direção de Yoshio Oida, no Teatro Municipal”, revela Etecheber.

Neste ano, Jorge encontrou um dos atores do “LesBonnes”, Ismael Ivo, e teve a oportunidade de entregar as fotos tiradas na primeira edição do Festival. O ator, que faz parte de uma curadoria de dança, está coletando imagens e objetos para um novo museu de dança que irá abrir em São Paulo e a foto tirada no FIT fará parte deste acervo. A data de inauguração e o local do novo museu ainda não foram divulgados.

O processo da escolha das fotos para exposição, também relembrou algumas particularidades, relacionadas à era pré-digital, vividas pelos profissionais de fotografia. “Foi em 1993 comecei a fotografar teatro e o espetáculo era ‘Medéia Material’, dirigido por Wander Ferreira Júnior, do grupo de teatro de Rio Preto Augusta Não Deu Conta. A tecnologia da época não era como atualmente que nos dá chance de fazer diversos cliques e ainda ver o resultado, na hora, na tela digital. O desafio era grande para conseguir enxergar a luz, colocar a velocidade adequada e para capturar a imagem com qualidade. Tudo isso em um rolo de filme de 30 a 36 fotos que só seria revelado depois. Das duas primeiras edições do FIT, em 2001 e 2002, tenho apenas poucas imagens, por que ainda era a fase do negativo”, relata Jorge.