O que vem primeiro, o compromisso com a ética ou com o patrão/cliente?

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Foto: Edvaldo Santos

O Diário da Região publicou hoje : mais de 50 jornalistas foram agredidos desde o início dos protestos.Estamos completamente sem moral. Antes na história éramos aliados nas manifestações, hoje apanhamos dos manifestantes nas ruas. O alvo é o jornalista, como  ficou bem claro nas imagens quando nosso colega Pierre Duarte foi agredido há alguns dias atrás.

Eu gostaria de questionar aqui o porquê isto está acontecendo. Não estamos valendo nada. Nossos diplomas não valem nada. Não estamos fazendo nada para mudar.

O código de ética dos jornalistas é o mesmo para o assessor de imprensa. Claro, sem romantismos, um tem patrão, outro tem clientes e são vários interesses e várias discussões. Mas são discussões de classe. Mas uma coisa é certeza o compromisso com a ética jornalística vem sempre na frente. Será? Não é ai que estamos errando?

Ontem, em uma festa, queriam me convencer que o código de ética do assessor de imprensa é mesmo do advogado. Confesso que fiquei muito chocada. E para me defender, diante de um discurso que repetia a palavra constituinte várias vezes (oh), eu  disse que  tinha formação profissional e meu código era o da minha classe.

Mandaram enfiar minha formação naquele lugar (rsrsr). Tá certo, não vale nada mesmo!

Pois é, é assim que somos vistos.

Faz anos que me retirei da área de assessoria, por não dar conta da pressão, literalmente, mas fico com muita pena de ver a profissão  tão desacreditada, assessores e jornalistas.

Aja visto que estamos até apanhando nas manifestações. Apanhando dos empresários, apanhando dos donos de veículos. Sofrendo passaralho….

Quer saber, decisão inteligente é a minha, apesar de insistentes propostas para fazer assessoria a minha resposta é sempre não!

Jornalismo Social é jabá descarado, uma delícia. É o que é e pronto!

Mesmo assim perco a noite pensando, porque chegamos onde estamos.

Porque estamos apanhando? Estaríamos ignorando o nosso código de ética, perdemos nossa credibilidade? Somos jornalistas vendidos e assessores desesperados?