A semana começa com Rio Preto registrando 703 casos positivos para coronavírus (Covid-19). São 8.412 pacientes atendidos com estado gripal e 5.336 testes realizados (63% do total) que resultaram em 4.633 resultados negativos para a doença.
Das 703 pessoas contaminadas pelo coronavírus 23 vieram a óbito, 270 estão recuperadas, 141 são profissionais da saúde e 120 apresentaram síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Com os novos números o coeficiente de incidência da doença na cidade é de 152 casos para cada 100 mil habitantes.
Os gráficos apresentados nesta segunda-feira, dia 1, pelo secretário de Saúde, Aldenis Borim, revelam crescimento do número de casos por semana.
Na última, por exemplo, o acumulado de casos positivos chegou a 135, sendo que o pico desde o início da pandemia, em março, foi na semana 19 com 164 registros para coronavírus.
“É uma quantidade grande. Cada pessoa dessa pode fazer a transmissão para outras três. A gente estava contente por que vinha descendo, mas de repente subimos. Essa conta que o governo de São Paulo faz para flexibilizar ou não”, explica Aldenis Borim.
Outro número que cresceu na última semana foi o percentual de positividade da doença, obtido das pessoas que realizaram o teste para detecção da doença. O índice que ficava em média no 12% subiu para 16%.
São 707 pessoas notificadas para SRAG. Sendo que 84 delas permanecem internadas (52 em enfermaria e 32 em UTI).
Decreto Municipal
O secretário de Saúde Aldenis Borim deu detalhes do decreto municipal número 18.611 que possibilitou a abertura do comércio de Rio Preto.
Com capacidade reduzida para 20% no atendimento e horário de funcionamento limitado a quatro horas por dia, variando entre shopping-centers, comércio e serviços em geral, Aldenis se mostrou preocupado .
“O que nos vimos na cidade hoje é uma coisa espantosa. Isto nos deixa preocupados, tristes. Como se tivesse aberto tudo, a cidade cheia de gente, não respeitando a capacidade de 20%. A única coisa gratificante foi o uso de máscara. Acredito que essas pessoas que transitaram hoje, naquele volume, não acreditam na doença. Porque se acreditassem voltariam para suas casas”, comentou.
“As lojas que não seguirem os horários determinados, elas tendem a ser lacradas e não só multadas. É desobediência civil. O que será permitido é o delivery. Seu estabelecimento fechado, com seus funcionários fazendo delivery, disse.
O drive-thru para o ramo de alimentação segue permitido. Aldenis não tem dúvidas de que com a abertura do comércio os números de casos positivos vão aumentar nas próximas semanas.
O secretário reforçou o pedido para que os comerciantes respeitem os horários de funcionamento previstos no decreto, lembrando que os estabelecimentos poderão sofrer penalidades sérias, como a lacração.
“O número de casos vai aumentar. o vírus vai circular mais, teremos mais pessoas na rua e isso refletirá no número de positivos. Não podemos perder o controle de casos. Perdendo o controle vão faltar locais para tratamento. O panorama de hoje reflete quando estávamos fechados. O que vimos hoje vai começar a aparecer daqui 15 dias”, destacou.
A possibilidade de mais abertura do comércio só será possível daqui 14 dias. Até lá representantes do Comitê Gestor de Enfrentamento do Coronavírus vão analisar os dados dentro dos critérios previstos pelo governo do Estado de São Paulo.
Pode haver maior flexibilização, ou até mesmo mais fechamento do comércio, sempre em função dos números apresentados pelo município que hoje se encontra na fase 2, definida pelo Estado.