“Saúde mental” é o tema das palestras de abril do Riopreto Shopping Cultural. O ciclo debaterá os principais transtornos da atualidade: bipolaridade, depressão, ansiedade e síndrome do pânico. Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, uma em cada 10 pessoas no mundo sofre de algum distúrbio. Todas as palestras são abertas e gratuitas, e acontecem todas as segundas-feiras, a partir das 20h.
O ciclo começa com a palestra “As fronteiras da bipolaridade”, no dia 03, com a psicóloga analista transacional, Kátia Ricardi de Abreu. O transtorno afetivo bipolar é um distúrbio mental em que as pessoas alternam entre períodos de muito bom humor e períodos de irritação ou depressão. As chamadas “oscilações de humor” entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca frequência.
“Mais de 2 milhões de casos por ano são registrados no Brasil. A causa exata do distúrbio bipolar não é conhecida, mas fatores ambientais e genéticos têm influência. Como identificar e como lidar com uma pessoa bipolar? Tem cura? Como é o tratamento? Compreender as fronteiras que permeiam o cotidiano de quem sofre com a doença é importante”, explica Kátia.
No dia 10, quem ministra a palestra “Enfrentando e superando a depressão” é o psicólogo cognitivo comportamental, Alexandre Caprio. O transtorno de depressão tem crescido em níveis alarmantes no Brasil e no mundo. Silenciosa e geralmente confundida com tristeza, essa doença não escolhe gênero, idade ou classe social.
“Muitas vezes, sem diagnóstico correto e desacreditada pela família, a vítima deste transtorno acaba vendo a morte como a única saída possível. Conhecer os sintomas de cada fase da depressão é essencial para enfrentá-la e vencê-la”, pontua Caprio.
No dia 17, a psicóloga Mara Lúcia Madureira, também da linha cognitivo comportamental, fala sobre a ansiedade. Segundo a especialista, “não precisa entrar em pânico, a ansiedade pode ser controlada, empregada com inteligência e trazer inúmeros benefícios”.
Diante de uma situação percebida como ameaçadora, o sistema nervoso se altera e, automaticamente, o organismo entra em modo de sobrevivência: ou o sujeito ataca, ou se defende, ou foge ou fica paralisado.
“O cérebro não faz distinção entre perigos reais e imaginários. reage do mesmo modo nas duas situações. No segundo caso, os ataques podem ser físicos ou verbais. As defesas podem ser a negação dos fatos, utilização de mentiras ou reações psicossomáticas. A fuga é o não enfrentamento ou evitação de confrontos, de situações novas, desafiadoras ou de riscos calculados”.
Para fechar o ciclo no dia 24, a palestra “Pânico: como lidar com ele”? com o psiquiatra Wilson Daher.
Segundo o especialista, “o transtorno de pânico é uma entidade psiquiátrica das mais comuns no atendimento clínico e, dependendo do grau com que se manifesta, torna-se um obstáculo severo no cotidiano das pessoas. No entanto, na área de saúde mental há algumas maneiras de torná-lo menos aflitivo”.